Vasco alfineta o Fluminense ao lembrar primeiro título no Maracanã
O Vasco lembra a campanha do time até a vitória sobre o América por 2 a 1 no dia 28 de janeiro de 1951. Foi o nono título estadual conquistado pelo Vasco.
Nesta sexta-feira, um novo arbitral põe frente à frente os quatro grandes clubes do Rio numa mesa de reunião novamente. Dentro de campo, o primeiro clássico entre os tradicionais clubes do estado é justamente o que promete ser mais quente nos bastidores: Fluminense e Vasco jogam no dia 22 de fevereiro, às 18h30, pela sexta rodada. Onde? Segundo a Ferj, local “a definir”. A polêmica disputa pelo lado direito do Maracanã pode – e deve, pelo menos até o momento – tirar o jogo do estádio. Engenhão e Raulino de Oliveira, em Volta Redonda, surgem como opção. Em meio à polêmica do valor dos ingressos, da indefinição sobre o posicionamento dos torcedores no Maracanã e após ter conquistas contestadas em nota pelo Fluminense, o Vasco lembrou em seu site oficial o primeiro título conquistado por clubes no estádio.
“Há 64 anos,Vasco é campeão e escolhe lado de sua torcida no Maracanã” é o título da matéria publicada pelo veículo oficial do clube na internet. Sem fazer menção ao rival e à polêmica em discussão, que assinou com o Consórcio Maracanã e escolheu o lado direito para colocar seus torcedores, o Vasco lembra a campanha do time até a vitória sobre o América por 2 a 1 no dia 28 de janeiro de 1951. Foi o nono título estadual conquistado pelo Vasco.
“Por ter sido o primeiro clube campeão carioca no Maracanã, o Vasco conquistou o direito de escolher em qual lado sua torcida assistiria as partidas no “maior do mundo”. A direção vascaína escolheu o lado à direita da tribuna de honra por uma série de fatores, principalmente por esse lado ser o da sombra.”, diz um trecho da reportagem no site vascaíno sobre o título do Carioca de 1950. Com a realização da Copa do Mundo naquele ano, a fase final do estadual foi realizado apenas em janeiro do ano seguinte.
“O pranto é livre”
No site do Casaca!, grupo político de Eurico Miranda, que trata o rival como “freguês” em resposta ao Fluminense, a nota diz que o Vasco rompeu com a “ditadura da elite do futebol” ao incluir negros, pobres, analfabetos, “apesar de você (s)”, em referência à canção do compositor e cantor tricolor. A nota tricolor citava Chico Buarque e comparava a decisão de Rubens Lopes, presidente da Ferj, a respeito da retirada do jogo do Maracanã para Volta Redonda de Ato Institucional Número 5 – série de medidas do governo militar em 1964.
A corrente política vascaína rebateu ainda as insinuações da nota tricolor, que questionava títulos do clube de São Januário em 1992 e 1998, lembrando as conquistas estaduais de 1971, 1985, 2002, 2005 e o Brasileiro de 2010, como diz o texto, “obtidos de forma indecente, fosse pela participação decisiva de árbitros, fosse pela conduta de alguns adversários dos tricolores nas horas decisivas da disputa.”
O texto do Casaca! ainda faz referência a “máculas” na história tricolor insinuando racismo na história “de cunho social e racial, desprezíveis e inapagáveis.” No fim, provocou novamente os rivais com a citação ao ex-dirigente e advogado do Fluminense José Carlos Vilela, “nos tempos em que o Fluminense pintava e bordava na Federação: “O pranto é livre!””
Globo Esporte