Vasco ainda não pagou funcionários demitidos, que vão ao Sindeclubes

“Devo, não nego, mas pago quando puder”. Ao que parece este é o novo lema da diretoria do Vasco. Após assumir em dezembro dizendo que era a salvação do clube, a gestão Eurico Miranda demitiu cerca de cem funcionários, sendo que 20 deles já procuraram o Sindicato de Empregados de Clubes do Estado do Rio de Janeiro (Sindeclubes) para pedir ajuda e reclamar os direitos.

Afinal de contas, são três meses de salários atrasados, deixados como herança pela gestão de Roberto Dinamite, além do 13º, sem contar o não recolhimento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).

– Cerca de 20 ex-funcionários do clube nos procuraram. Demos as orientações que eles devem seguir e vamos entrar em contato com o jurídico do Vasco para buscar soluções que sejam boas para os profissionais afetados – informou a diretoria do Sindeclubes.

Mesmo com esses funcionários com uma mão atrás e outra na frente, a diretoria vascaína teria dito que, no momento, nada pode fazer, já que o cofre está vazio.

– Nos disseram que estão esperando o pagamento de uma parcela da Caixa. Mas sabe lá Deus quando… – disse um dos demitidos, que não quis se identificar.

Para piorar, muitos dos ex-funcionários não receberam toda a documentação da rescisão de contrato e, com isso, estão impossibilitados de resgatar o FGTS e dar entrada no seguro-desemprego, direitos estes, garantidos por lei.

SALÁRIOS DO FUTEBOL COM UM MÊS DE DIFERENÇA

As dificuldades financeiras do Vasco não refletem somente nos ex-funcionários, mas também no elenco de futebol profissional. A diferença é de apenas um mês. Os jogadores tiveram os salários de outubro depositados e, desta forma, têm apenas os meses de novembro e dezembro, além do 13, para receber.

A expectativa do Cruz-Maltino é renovar o patrocínio com a Caixa e usar parte da verba para conseguir quitar os atrasados.

Em uma recente reunião com os jogadores, o presidente Eurico Miranda se comprometeu a pagar os salários sempre até o dia 10 de cada mês, sem nenhum atraso. O mandatário, no entanto, disse que não poderia dar uma previsão sobre os atrasados deixados pela gestão do presidente Roberto Dinamite, mas que estava se movimentando para isso.

OS DIREITOS

Jornada de Trabalho e hora extra
A jornada de trabalho é o tempo em que o trabalhador presta serviço ou fica à disposição do empregador. Pela Constituição, ela deve ser de até 8 horas diárias e, no máximo, de 44 horas semanais. O tempo trabalhado além é considerado hora extra e o empregador deve efetivar este pagamento.

13º salário
É um salário extra pago no fim do ano para contratados. O valor deve ser igual à remuneração  de dezembro. 

Férias
Após completar um ano com registro em carteira, o trabalhador ganha direito a 
30 dias corridos de férias remuneradas.

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