Vasco adota cautela como estratégia para não inflacionar o mercado com a 777
Vasco da Gama tem focado no planejamento para Série B e evita fazer alarde por grande reforços neste primeiro momento da parceria com a 777.
A visita dos executivos da 777 Partners ao Rio de Janeiro na semana passada, somada às promessas grandiosas do sócio Josh Wander, encheram de otimismo os sofridos corações vascaínos. No entanto, elas contrastaram com os discursos “pés no chão” de dirigentes do Vasco em relação ao planejamento de agora para a Série B, algo que, por mais que possa ter soado como um “balde de água fria” para os torcedores, faz parte de uma estratégia.
Publicamente, a diretoria não confirma que utilizará parte dos R$ 70 milhões de empréstimo-ponte para reforçar o elenco. A ideia, com isso, é não ver o mercado inflacionar com empresários e clubes tendo a ciência de que o Cruz-Maltino poderá ter mais “bala na agulha” na hora de contratar.
Internamente, todavia, a intenção é a de que entre R$ 3 milhões a R$ 7 milhões sejam destinados a este tipo de operação. Um trabalho de análise tem sido feito para mapear jogadores, e a diretoria tem recebido a parceria da equipe de scout da 777 Partners contratada para o Genoa (ITA), equipe comprada pela empresa.
Porém, antes mesmo de pensar em reforços, o Vasco precisará resolver uma importante pendência noticiada anteontem (23) com exclusividade pelo UOL Esporte: o transfer ban que o clube sofreu por conta de uma dívida com empresários do ex-jogador Escudero e que impedem o Cruz-Maltino de contratar pelos próximos seis meses.
À reportagem, o vice-jurídico vascaíno, José Cândido Bulhões, garantiu que o pagamento da dívida já foi feito integralmente, e o clube agora busca comprovar a quitação para suspender a punição.
A maior parte dos R$ 70 milhões de empréstimo-ponte da 777 Partners tem sido utilizada para deixar os salários em dia, pagar fornecedores e quitar os acordos com o governo federal.
O Vasco estreia na Série B em 9 de abril, contra o Vila Nova, em São Januário.
Fonte: Uol