Paulinho fala sobre morte da vereadora Marielle Franco
O atacante Paulinho lamentou a morte da vereadora Marielle Franco e diz que a conheceu por meio da sua tia Flavia Oliveira.
Quem acompanha Paulinho vê que o jovem de 17 anos possui um perfil diferente da maioria dos boleiros de sua idade. Bem articulado e educado, o atacante foi espontâneo ao conceder uma entrevista ao repórter Régis Rösing, da TV Globo, e tratar da morte de Marielle Franco, vereadora carioca que foi assassinada na última quarta. Um dos poucos jogadores de futebol a lembrar do episódio brutal que mobilizou milhares de pessoas ao longo do país, ele tinha uma conexão com a política do PSOL por meio da tia Flavia Oliveira.
Muito próxima da maior promessa vascaína, Flavia é jornalista e apresentadora da Globonews e abraçou diversos projetos sociais com a parlamentar, principalmente ligados às causas raciais e feministas.
“Eu acho que as pessoas hoje têm de amar as outras como se não houvesse um amanhã. Acho que temos que viver intensamente cada momento que passamos com nossas famílias. Infelizmente tivemos esse crime com a vereadora que era amiga da minha tia, trabalharam juntas já. Uma fatalidade… É isso que as pessoas têm que fazer: amar umas as outras como se não houvesse um amanhã”, declarou o jovem à TV Globo.
Flávia Oliveira, embora não seja irmã de sangue da mãe de Paulinho, dona Ana, foi criada junto dela e criou uma relação de “tia” e “sobrinho” desde sempre. Coruja, a apresentadora da Globonews costuma acompanhar o atacante do Vasco “in loco” nos estádios sempre que sua agenda permite. No Sul-Americano sub-17 do ano passado, por exemplo, chegou a viajar para o Chile para acompanhar a final onde a seleção brasileira se sagrou campeã com o jovem em campo
Em sua página no Facebook, Flávia se emocionou com o gesto do sobrinho no clássico. “Ele é craque. Ele bate um bolão. Ele é um menino concentrado e determinado. Mas, além de tudo, Paulinho é gente boa. É um jovem sensível às tragédias nossas de cada dia. Em entrevista ao GloboEsporte lembrou de Marielle Franco. Foi espontâneo, gente!”, disse ela.
Há três dias, em seu Instagram, Flávia Oliveira postou uma foto de 1º de agosto de 2017 em que aparece abraçada a Marielle em uma de homenagem à escritora Conceição Evaristo no plenário da Câmara Municipal do Rio. Em trecho do texto, a jornalista diz: “(…) vendo essa foto hoje me ocorre que cuidamos de tantas coisas, mas não inteiramente da segurança dela. É nisso que vamos focar. Vamos nos cuidar e cuidar de todas nós, avaliar melhor os riscos e levá-los a sério. Nossa segurança física será mais um legado de Marielle Franco. Marielle presente! Anderson presente!”.
Neste fim de semana, as manifestações do futebol sobre o assassinato de Marielle Franco aconteceram em sua grande maioria por meio dos clubes de futebol enlutados, com um minuto de silêncio antes das partidas e mensagens de conforto nas redes sociais oficiais. Os jogadores Moisés e Tchê Tchê, do Palmeiras, e Guilherme Costa, do Vitória e que pertence ao Vasco, foram alguns dos outros poucos atletas, além de Paulinho, que opinaram publicamente sobre o tema.
Uol