Mauro Galvão critica o Vasco por ainda não ter time ideal

O ex-zagueiro Mauro Galvão criticou o Vasco da Gama por ainda não ter um time ideal, citando os problemas enfrentados.

Com mais de sessenta gols sofridos nesta temporada até o momento, a defesa é a maior preocupação do Vasco. Em uma temporada que começou com grande expectativa, com o retorno à Libertadores após seis anos, resta agora ao clube apenas o Campeonato Brasileiro e o sonho de voltar ao principal torneio Sul-Americano. Um dos principais defensores da história do Gigante da Colina, Mauro Galvão não escondeu a sua preocupação com o sistema defensivo do time carioca e colocou como essencial a definição dos titulares para a sua evolução.

Para Mauro, o Vasco ainda busca definir equipe titular e a busca por reforços reforça o seu argumento. Desde o início desta temporada, o clube carioca já testou 13 duplas de zaga diferentes. Foram utilizados pelos técnicos Zé Ricardo e Jorginho, além do interino Valdir Bigode, Erazo, Paulão, Ricardo Graça, Werley, Luiz Gustavo, Breno, Miranda, Henríquez e Leandro Castán. Os dois primeiros, que foram muito utilizados até o meio do ano, já deixaram São Januário.

– O Vasco muda muito. Se você for pegar do início do ano até agora, mudou muita gente. Fica muito difícil. O próprio meio-campo também é muito modificado. Isso dificulta também para os zagueiros. E parece que o clube ainda está formando um time. Nós já passamos do meio do ano e o Vasco ainda está procurando o melhor time.

O ex-jogador acredita que Breno e Leandro Castán, que chegou ao clube em agosto, podem resolver os problemas da defesa, mas pediu calma ao lembrar dos problemas físicos enfrentados pelos dois nos últimos anos.

– Não acompanhei os últimos anos do Leandro Castán e não sei a sua atual situação. Do que eu conheço, do jogador que vestiu a camisa do Corinthians, é um grande jogador. Teve muito destaque em São Paulo. Se formos analisar apenas pelos nomes, é uma grande zaga, com o Breno pela direita e o Castán pela esquerda. Mas precisamos esperar por uma sequência de jogo dos dois.

Mauro Galvão defendeu o jovem Ricardo Graça, revelado pelo Vasco e que fez a sua estreia entre os profissionais neste ano. Ricardo começou a temporada como titular, perdeu a posição e também teve o seu desempenho questionado pelos torcedores após a goleada para o Jorge Wilstermann, na altitude boliviana, pela Pré-Libertadores.

– O Ricardo Graça é um jogador de defesa. Se a equipe ainda não está muito bem, consolidada, a bomba acaba explodindo no sistema defensivo. Mas ele é um jogador muito jovem e pode aprender com essas experiências dentro dos jogos. Mas não é uma situação muito fácil para um jovem. Além disso, conseguir se firmar na equipe titular é muito difícil. Muitos nomes já passaram pelo time. Então, não foi só ele que teve problemas, os outros também tiveram.

Ídolo aposta evolução após eliminações na Copa do Brasil e Sul-Americana

Apesar dos problemas defensivos até o momento, o ex-jogador aposta na evolução da equipe cruz-maltina no Campeonato Brasileiro. Galvão lembrou da importância da Copa do Brasil e da Sul-Americana para o clube, mas acredita que, para uma equipe em formação, disputar apenas uma competição (Campeonato Brasileiro) e ter mais tempo para treinar são essenciais.

– Com essa situação do time ter saído da Sul-Americana e da Copa do Brasil, eu acho que vai ser melhor para o Vasco. O time vai poder trabalhar, poder se organizar, ter um time definido para pensar em apenas uma competição, que no momento é a melhor situação para o Vasco. Para jogar duas ou três competições é preciso ter um time muito bom e um grupo muito bom também.

Mauro Galvão também falou sobre o seu período como jogador do Vasco, entre 1997 e 2000, e destacou a importância do Gigante da Colina para o futebol brasileiro. No dia 21 de agosto, o clube completa 120 anos.

– O Vasco é uma equipe muito importante para o futebol brasileiro, que está completando 120 anos. Muito importante para mim também. Não tenho a menor dúvida que foi uma decisão muito boa quando resolvi vir para o Vasco. A gente não tem como saber se vai dar certo e foram três anos e meio de muitas alegrias, com muitos títulos. Teve a Libertadores, que, além de ser um dos mais importantes da história do clube, foi no ano do centenário. É um motivo de muita satisfação fazer parte de uma história tão bonita, como a do Vasco.

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