Leven Siano apresenta ideias para o Vasco em entrevista a Mauro Cezar

O candidato à presidência do Vasco da Gama, Leven Siano, detalhou as suas ideias para o Clube em entrevista no Youtube.

Na tarde do último domingo (26) o candidato à presidência do Vasco da Gama, Leven Siano, concedeu uma entrevista ao canal do jornalista Mauro Cezar, no Youtube, onde falou sobre suas ideias para o Cruzmaltino.

Veja abaixo algumas respostas de Leven Siano durante a entrevista, que foram decupadas pelo Twitter oficial do candidato e organizadas pela equipe do site Vasco Notícias. Após as respostas, você poderá conferir o vídeo com tudo o que ele disse sobre duas ideias caso seja eleito presidente do Clube.

Dedicação 100% ao Vasco 

– Estamos sofridos há muito tempo, na maneira como o Vasco vem sendo gerido. Sou advogado, administrador, tenho minhas empresas, e uma situação resolvida, então posso me dedicar ao Vasco. 

Projeto ‘Somamos’ 

– Nosso projeto é o Somamos, um compêndio de mais de 60 pontos, baseado em quatro premissas básicas, que teremos tempo para falar na entrevista. E esse projeto está chamando a atenção de várias pessoas mundo afora, o que está nos enchendo de otimismo. 

Situação financeira e gestão profissional 

– O Vasco tem dois problemas principais. Só a questão financeira não resolve. Nos idos dos anos 2000, o Vasco teve um aporte forte do Nations Bank, mas faltou ao Vasco uma gestão profissional. Esses dois fundamentos são urgentes para o clube.  

Explorar o engajamento da torcida 

– O Vasco tem características próprias. Primeiro, o engajamento da torcida vascaína. São várias demonstrações disso ao longo da história. Isso significa muito em termos comerciais. É um ativo que precisa ser melhor trabalhado.  

A história grandiosa importante para a busca de parcerias 

– Em segundo lugar, o Vasco tem um apelo global, isso ajuda na busca de recursos. Em terceiro lugar, a inclusão social. O Vasco ter a história de luta contra o racismo e pela diversidade ajuda a que investidores olhem o clube com outros olhos. 

Patrocínios até 15 vezes maiores que os atuais 

– As receitas do Vasco estão muito subdimensionadas. Estamos trabalhando patrocínios para o Vasco em questão de 10, 15 vezes mais do que vemos hoje. 

Criação das Casas Vasco e como vai funcionar 

– Para as Casas Vasco, estamos propondo dois formatos. Um é a experiência para o torcedor, para ele assistir jogos, um lugar para receber os ídolos, fazer uma tarde de autógrafos, e também alugar para festas e eventos. E, além disso, também vender produtos licenciados do Vasco. 

– Também queremos fazer as Casas Vasco virtuais, que é um modelo de Social Commerce. Um modelo que, por exemplo, está fazendo muito sucesso no Magazine Luiza. A ideia é que os vascaínos ganhem pontos ao trazer outro vascaíno para se associar, etc.  

Projeto não comprometido com o Coronavírus 

– Os projetos que estamos trabalhando não foram prejudicados pelo coronavírus. Lógico que não torcemos por um cenário desse, mas não houve mudança. A desvalorização do real, facilita ao mercado internacional ao investir no Brasil pois a nossa moeda está barata para eles. 

Ideias para as sedes do Vasco: Calabouço, Lagoa e São Januário 

– Questionado por um internauta sobre a sede do calabouço: “Todos os nossos equipamentos precisam ser valorizados. Ter uma programação cultural e social bastante arranjada. No Calabouço, na Lagoa e em São Januário. 

– Sobre o Calabouço, temos uma ideia de comprar ou fazer uma parceria com os clubes vizinhos (Boqueirão e Internacional). E queremos uma saída para o mar, talvez ter uma marina. 

A política do Vasco 

– É preciso fazer o vascaíno entender que a política do Vasco acabou sendo muito personalizada. O Eurico se confundia com a imagem do Vasco e vice-versa. Criou-se a situação de a favor e contra o Eurico.  

– Isso criou uma política de desconstrução de imagem e os projetos foram colocados de lado. Não foi debatido da maneira que eu acho que deveria ser e fazer frente a modernidade que o futebol exige, uma gestão diferenciada daquela que muitos clubes se acostumaram a fazer. 

– Acredito muito na questão de entrar com uma chapa que esteja fechada com o projeto Somamos. Que os 162 que nos acompanham, sendo 120 titulares no Conselho, estejam fechados com o projeto. Assim acho que as chances de colocarmos os projetos e conseguirmos a aprovação seria grande. 

Projeto ambicioso para o futebol do Vasco 

– Arrumar a casa primeiro para depois fazer um time demoraria 10, 20 anos. É preciso um choque de gestão e fazer as duas coisas ao mesmo tempo. Um Yaya Touré eu não vejo como custo. O fato de eu estar buscando jogadores desse nível está chamando a atenção de gigantes do mercado. 

– Como fazer um futebol forte e não gerar mais dívidas? “Criando uma ponte entre América do Sul, Europa e Oriente Médio. Entendemos que, infelizmente, o futebol brasileiro ainda é muito mal visto lá fora”. 

– Há o reconhecimento que somos uma fábrica de talentos, sem dúvida. Mas há um descrédito enorme. Nossa proposta é fazer o Vasco ser o precursor dessa ponte, de uma nova fase do futebol brasileiro.  

Executivo ex-Barcelona no Vasco? 

– Vou adiantar uma coisa para você em primeira mão: venho conversando com o Francisco Perez, um dos responsáveis por uma fase vencedora do Barcelona. Amanhã terei com ele uma reunião virtual e queremos que ele seja o executivo de novos negócios do Vasco. 

Pode se dedicar 100% ao Vasco 

– Sou sócio do Vasco há 6 anos e antes de ser sócio não me sentia confortável em função de situações de trabalho, de atletas que eu defendia. À medida que isso acabou, entendi que era o momento adequado. Como tenho uma situação de vida resolvida, agora posso me dedicar ao Vasco. 

Convite para Julio Brant conhecer o ‘Somamos’

– Qualquer vascaíno que queira conhecer o Somamos é bem-vinda, seja o Julio (Brant), ou qualquer outro. Fiz um evento em Guararatiba para apresentar o que havíamos feito até aquele momento e convidei o Julio e pessoas próximas dele. Mas as pessoas sequer deram retorno ao convite. 

A busca pela solução dos salários atrasados 

– O atraso de salários gera perda de mercado para o Vasco. Os jogadores preferem às vezes ir para clubes de menor torcida porque lá sabem que vão receber em dia. Precisamos dar segurança para que o funcionário receba em dia. Isso é fundamental para uma gestão profissional. 

Nada de reclamar de ‘herança maldita’? 

– O primeiro ato da gestão começou antes da gestão. Tem sido recorrente que o presidente eleito sente na cadeira e faça o discurso de herança maldita. Queremos interromper esse ciclo. Tiramos o ano passando para entender todos os problemas no Vasco e esse ano buscamos soluções. 

Equacionamento das dívidas 

– Nossa dívida precisa ser equacionada. Os credores na maioria das vezes aceitam receber um valor menor desde que recebam. Com dinheiro em caixa, você consegue pagar a dívida com um valor muito menor. 

– Existem custos que você faz para ter uma arrecadação maior. Com essa arrecadação maior você paga o custo. É investimento. 

Visão errada sobre o caso de Yaya Touré? 

– Quando você coloca alguém como o Yaya Touré com a camisa do Vasco as pessoas olham para o custo, e não para a arrecadação do investimento. 

Em busca da pacificação política em São Januário  

– A gente não está oferecendo somente soluções financeiras e uma gestão profissional. Queremos pacificação no ambiente político. Estamos mostrando aos beneméritos e grandes beneméritos que o nosso projeto é a solução para fazer do Vasco de novo protagonista no futebol brasileiro. 

– Venho mostrando isso com muita tranquilidade e convicção. Essa semana tive uma conversa ótima com Jorge Salgado, uma pessoa muito respeitada na nossa política. Ele disse que está muito contente com o nosso projeto. E assim como ele, muitos outros têm elogiado.  

Aberto às críticas 

– Temos recebido muito apoio, de vários grupos distintos. Decidi desbloquear, e já pedi a minha assessoria, que desbloqueie todo vascaíno que estava bloqueado. Vai ser bom poder ouvir opiniões sobre o nosso projeto. Estou aberto às críticas. 

– Não estou aqui para fazer bravata em rede social. Tudo que eu falo é a pura verdade. Não fui desmentido por nenhum virtual parceiro até agora, pelo contrário. Os vascaínos estão vendo os parceiros colocando a cara e dizendo “estou dentro do projeto”.  

Longe do mesmo caminho do Cruzeiro 

– Se você aumenta a captação de receita, isso por si só é um projeto de longo prazo. O que estamos fazendo é totalmente diferente do Cruzeiro. Não podemos contar com o que não temos certeza que teremos. Ações que parecem ser exclusivamente de custos, temos que olhar como receita. 

A importância de trazes grandes jogadores ao Vasco 

– Quando você fala de contratar um atleta de ponta, temos que lembrar que isso também significará um aumento enorme de quantidade de sócios-torcedores, de material esportivo, de patrocínio master. Então temos que olhar para as duas colunas.  

Valorização do Campeonato Brasileiro 

– Li recentemente que o Campeonato Brasileiro é o segundo melhor do mundo, só perde para o inglês. Na maioria dos campeonatos há dois vencedores possíveis. Aqui são vários. Então falta alguém para propor uma maior internacionalização dos jogos, com valores de negociação melhores. 

Confiança em eleição democrática

– Internauta pergunta se Leven tem medo de manipulação nas eleições. “Infelizmente o histórico das eleições do Vasco sempre teve alguma manipulação. Fica uma preocupação. Mas temos que acreditar que teremos uma eleição democrática”. 

Além do italiano Fabio Cordella, Leven revela conversa com dois executivos e cita formação de um ‘comitê executivo’ 

– Só que precisaremos também de quem conheça do mercado brasileiro, já estamos conversando com dois executivos. Teremos uma equipe em formato de comitê executivo para dar respaldo à Comissão Técnica e contratar com critério”.  

O caso da Urna 7 

– Antes de me tornar um agente político, tive a minha vida de advogado normal. No caso da eleição do Vasco, houve provavelmente pessoas em que não estavam aptas a votar em todas as urnas. Tinham pessoas que estavam aptas, mas que foram declaradas como inaptas e colocadas na Urna 7. 

– Tive, por exemplo, clientes sócios-remidos, que não pagam mensalidade, que jamais poderiam ser consideradas inaptas a votar. Eu não defendi a urna 7, defendi sócios, individualmente, que entendiam que tinham o direito de votar. E me foi dado ganho de causa dos 11 que defendi. 

União com clubes em prol do futebol brasileiro 

– A agenda do futebol precisa ser mais coesa. Os clubes não podem ser inimigos, precisam lutar juntos por melhorias. O olhar institucional do CRVG precisa ser de se colocar no mesmo barco dos outros clubes para juntos buscarem soluções para o futebol brasileiro.  

Treinador estrangeiro na Colina? 

– O nome do treinador vai depender de como vai evoluir a negociação com os grandes players do futebol mundial. Se acontecer tudo que a gente espera que vá acontecer, é muito provável que o Vasco tenha um treinador estrangeiro. 

Captação de recursos para o Vasco 

– Acredito muito no potencial da marca Vasco. Nós temos estádio, torcida e história. São elementos importantes para serem trabalhados na captação de recursos. 

– O Vasco se acomodou na captação de recursos que está acostumado a ter, que é TV, empréstimo de amigo, etc. Se queremos profissionalizar, temos que sair um pouco dessa receita que estamos acostumados e trazer recursos novos. 

Vasco exemplo de gestão  

– Queremos um Vasco rentável, um Vasco sem dívidas, queremos um Vasco campeão, um clube que pratique a diversidade. Mas o que mais desejamos é um clube que seja exemplo de gestão para o Brasil.  

Canal do Mauro Cezar/ Twitter do Leven Siano

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