Jorginho fala sobre demissão no Vasco e cita quadro político
Jorginho afirmou que não guarda mágoas do Vasco, revelou os motivos da sua saída do Clube e aposta em Valdir Bigode.
Ser demitido em apenas dois meses de trabalho não é motivo de felicidade para ninguém. Mas Jorginho não guarda mágoas do Vasco e dos dirigentes do clube. Ele entende a demissão, culpa o momento político interno pela queda, e abre o jogo sobre a responsabilidade que teve neste pouco tempo.
– Quando cheguei, estava diante de um grande desafio que era a questão do Bahia na Copa do Brasil. Tive uma conta para pagar que não era minha (a primeira partida era com Zé Ricardo e o Vasco perdeu por 3 a 0). Depois, tivemos bons jogos. O único tempo ruim mesmo que tivemos foi contra o Corinthians, apagão na equipe. Todos falaram que o Vasco estava super bem, ofensivamente jogando, envolvendo o adversário. Vejo o Vasco organizado mas que não conseguia converter em gols. No momento do quadro politico que se encontra, com discussão de internet, presidente tendo que responder… é o momento que vive e acaba caindo no treinador. É muito mais fácil mudar isso do que uma serie de outras coisas – explica Jorginho, ao canal ‘Sportv’.
– Gosto demais do presidente Campello, tenho um respeito muito grande, foi meu médico. Tenho certeza que está num excelente caminho.
Após destrinchar o momento conturbado internamente, Jorginho fez uma aposta: o interino Valdir Bigode vai fazer sucesso se tiver a oportunidade que merece.
– O (Valdir) Bigode vai dar certo se apostarem nele. Tem carisma, é inteligente, tinha minha aprovação. Eu poderia ter mandado o Bigode embora, mas acredito muito nele. Bigode, sucesso, você vai dar certo. Lamento não estar junto. Peguei só pedreira, uma eliminação que não tive culpa conseguindo vencer de 2×0. A outra por necessidade de poupar tomamos de 3×1 lá. Tudo isso são águas passadas, desejo todo sucesso ao Vasco.
Você ainda está disponível no mercado ou vai descansar até ano que vem?
– Minha vida segue, estou feliz da vida. Quero sentar com minha esposa e ver jogo com calma. É muito bom estar em casa ep ronto para qualquer situação. Apesar de ser intenso esses dois meses, quero trabalhar de novo.
Ficou chateado com a interrupção do trabalho em tão pouco tempo?
- Quando você é mandado embora, de repente fica chateado com presidente, com PC Gusmão, Alexandre faria, mas não foi isso. Existiram alguns percalços. O PC vai ser um dos grandes coordenadores do futebol brasileiro. Faria é um cara seríssimo. Entendo minha demissão. Quero dizer que sou muito motivador, muito fiel àquilo que aprendi como atleta e jogador. Falaram que fui meio cabisbaixo, não existiu isso. Quero expressar minha gratidão, todo momento que estamos passando. O Vasco não vive um bom momento por causa política. cheguei num momento ruim, se fosse daqui um ano o presidente ia ter uma situação mais tranquila e estável. Fica aqui minha gratidão, tenho certeza que um dia vou voltar pra esse clube. Fui muito feliz nesses dois meses. Não tive um problema de relacionamento, todos os pequenos ou micro problemas foram resolvidos olho no olho. A minha gratidão com atletas foi maravilhosa. Criamos uma amizade muito grande, recebi mensagens dos jogadores. Foi fantástica a convivência. Quero agradecer o privilégio.
Globo Esporte