Jogadores do Vasco aguardam previsão sobre salários atrasados
Em quarentena, os jogadores do Vasco da Gama ainda aguardam uma previsão de quando será quitado os salários atrasados.
Ainda sem definir se seus atletas voltarão a treinar no próximo dia 21 ou se estenderá as férias até o 30 de abril, o Vasco tem outro ponto de atenção: a preocupação e a consequente insatisfação de seus atletas com o fato de ainda não terem recebidos salários na carteira de trabalho em 2020.
Sem previsão, mas também sem conversa por redução
E o pior: em conversas com a diretoria, os jogadores não receberam nem uma previsão de quando terão parte desses débitos quitados. Sem recursos ou garantias para fazer uma estimativa ao grupo, o clube nem levantou a discussão sobre possível reduções salariais.
O elenco do Vasco é majoritariamente formado por atletas da base, e parte esmagadora deles ainda não ganha salários considerados altos dentro do futebol.
Líderes do grupo com trajetória mais longa e com certa estabilidade financeira têm segurado a onda, mas também começam a ver o calo apertar porque seguem arcando com altos custos de manutenção de suas respectivas residências.
Mesmo com os conhecidos problemas, líderes do grupo asseguram que todos querem voltar a trabalhar. Em segurança, evidentemente e com todas as precauções em relação ao Covid-19. Mas eles mantêm o discurso encampado por Fernando Miguel na primeira coletiva concedida por jogadores em 2020: o de que “são parceiros do clube”.
Atrasos também em direitos de imagem com sete jogadores
Além do débito de três meses de salário na carteira ao elenco, o Vasco não paga direitos de imagem a um grupo de sete atletas desde setembro. São eles Fernando Miguel, Leandro Castan, Werley, Ramon, Henrique, Marrony e Ribamar.
Em 11 de março, o Vasco usou a verba que recebeu de premiação pela classificação para segunda (R$ 1,3 milhão) e terceira (R$ 1,5 milhão) fases da Copa do Brasil para quitar o mês de dezembro – somente a parte que corresponde ao salário na Carteira de Trabalho – aos jogadores. Doze dias depois, o Vasco pagou férias e parcela do 13º que estava em aberto com o elenco.
Também há dívida com funcionários que ganham acima de R$ 1,8 mil. Estes, a exemplo dos jogadores, também não receberam salários em 2020. Férias e 13º, porém, foram quitados.
Globo Esporte