Índio não viaja para Manaus e aguarda liminar para jogar pelo Vasco
Matheus Índio entrou na Justiça contra o Santos, mas ainda não conseguiu a liminar que o libera para ser registrado pelo Vasco.
O Vasco pode ter um problema inesperado para contar com o jovem Matheus Índio no início da temporada 2015. O jogador, que deixou o Santos às vésperas da Copa São Paulo de juniores, entrou na Justiça contra a equipe da Baixada Santista, mas ainda não conseguiu a liminar que o libera para ser registrado pelo clube de São Januário. Os representantes do garoto esperam que a decisão favorável a ele saia na Justiça trabalhista de São Paulo na quarta-feira.
Emprestado ao Santos pelo Penapolense para um contrato de dois anos, Índio estava com salário atrasado há dois meses no clube santista, que passa por grave crise financeira. Na cláusula de empréstimo, a pendência de dois meses já dava ao clube e ao jogador o direito de conseguir a rescisão. O Penapolense, clube ligado aos empresários da Elenko Sports, donos de parte dos direitos econômicos do atleta, liberou o jogador ao Vasco, mas ainda falta um documento oficial do Santos, que só deve vir pela Justiça.
Em crise financeira, o Peixe tem, além de Índio, atletas como o goleiro Aranha, o atacante Leandro Damião e o meia Arouca, que também tentam a rescisão por via judicial.
– Notificamos o Santos e entramos com uma ação pedindo uma liminar para que o jogador possa ser jogador do Vasco novamente. Por cautela, é dado 10 dias para o Santos comprovar o pagamento. O que não é possível, porque eles não pagaram. Acredito que na quarta-feira essa liminar saia favoravelmente ao jogador para que ele possa oficialmente seguir a carreira onde deseja. É uma formalidade jurídica que falta para que ele possa assinar o contrato e ser apresentado – explica o advogado do jogador, Aldo Giovane Kurle.
Fora da viagem para Manaus
Índio é o único dos 13 reforços contratados para a temporada 2015 que ainda não foi apresentado pelo Vasco. Em São Januário, Índio vai reativar o antigo contrato e assinará por mais três anos, com a divisão dos direitos econômicos entre o Cruz-Maltino e os investidores. O meia não viajará para a disputa do Torneio de Manaus – o técnico Doriva levará apenas 22 jogadores. Além da questão jurídica, ele ainda não está liberado pela preparação física em função de uma lesão muscular sofrida ainda no ano passado.
O clube carioca, no entanto, não acredita em qualquer problema para o registro do atleta já no Campeonato Carioca e confia que os empresários do jogador deem solução ao caso nos próximos dias, independentemente da ação que tramita na Justiça. A Federação de Futebol do Rio de Janeiro permite a inscrição de 28 atletas e só cinco possíveis mudanças até a 10ª rodada do estadual.
Globo Esporte