Gilmar Ferreira analisa classificação do Vasco e cita sofrimento
O colunista opinou sobre a dramática classificação do Vasco da Gama contra o Altos-PI, no empate em 1x1, com gol de Cano.
O Vasco errou 15 finalizações no duelo com o Altos em Teresina e correu riscos de ser eliminado da Copa do Brasil logo em sua primeira fase.
O empate em 1 a 1, com mais um gol do argentino Germán Cano, o quarto em seis jogos, fora obtido sob estresse e tensão desnecessárias.
Afinal, o time de Abel Braga tem mais qualidade, a camisa do clube ajudava e o apoio da torcida local fez os jogadores se sentirem em casa.
Mas os erros na pequena área geraram queda no funcionamento coletivo e as tomadas de decisão em termos ofensivos foram das mais equivocadas.
É cíclico:
A baixa performance de ataque gera desgaste emocional; acelera o esgotamento mental; compromete o cognitivo de todos; e afeta o rendimento coletivo.
Um ciclo compreensível, principalmente em função da imaturidade do setores de criação e ataque, que ainda carecem de personalidade.
No time atual, cinco jogadores da fase ofensiva encarregados de fazer a bola chegar ao goleador do time têm média de 21 anos de idade.
Número que sobe para 22,5 anos se e quando incluídas as participações dos laterais Pikachu e Henrique, figurantes no ataque vascaíno.
É o que o Vasco tem no momento, fruto de um trabalho mal feito na montagem do elenco de um departamento de futebol sem dinheiro e mal estruturado.
É possível ver trabalho no time de Abel Braga, sobretudo na construção de jogadas através da aproximação dos setores, mas falta robustez ofensiva.
A qualidade no jogo individual é restrita a jogadores de 17 (Tales Magno) e 18 anos (Vinícius), coadjuvados por Marrony e Andrey, ambos de 21.
E até que Fredy Guarín encorpe o time, o Vasco já terá encarado desafios importantes, como o jogo de volta da primeira fase da Sul-Americana.
Os próximos 90 minutos contra o Oriente Petrolero, agora em Santa Cruz de la Sierra, serão mais tensos e dramáticos para os vascaínos…
Coluna Futebol, Coisa e Tal