Gabriel Cabo destaca relação de longa data e sonha com títulos pelo Vasco

Com uma forte ligação com o Vasco da Gama, o auxiliar-técnico Gabriel Cabo sonha também em ver São Januário lotado.

Marcelo Cabo e Gabriel Cabo
Marcelo Cabo e Gabriel Cabo (Foto: Rafael Ribeiro/Vasco.com.br)

Foi destaque na chegada do técnico Marcelo Cabo ao Vasco da Gama o fato da sua filha, a Maria Eduarda, ser vascaína, ela que, inclusive, ganhou uma camisa personalizada na apresentação do comandante. No entanto, existe um outro filho com uma forte ligação com o Gigante nessa equação.

Trata-se de Gabriel Cabo, o seu outro filho, que trabalha como auxiliar-técnico de Marcelo Cabo. Com apenas 27 anos, o ex-volante é o braço direito do comandante vascaíno desde 2017, já acumulando um bom tempo de experiência. Ele, inclusive, conviveu muito em São Januário nos tempos em que seu pai era jogador de futsal do Clube.

Em entrevista concedida ao site Globo Esporte, Gabriel Cabo comentou esse retorno a Colina Histórica, sendo que era muito pequeno na época, com apenas 3 anos. O auxiliar-técnico citou a emoção quando soube do acerto de Marcelo Cabo com o Vasco, dizendo que foi uma uma ‘alegria inexplicável’ voltar para casa e participar do grande projeto.

– Chego até a ficar arrepiado porque na verdade é um sonho retornar aqui ao Vasco. No momento que ele conseguiu ter essa notícia e falar para mim, estávamos em definição no Atlético-GO, participando de uma final. Quando ele me deu a notícia, a alegria foi inexplicável. Voltar para casa, participar de um projeto gigantesco de reestruturação de um clube de tamanho infinito. A gente vê uma situações acontecerem, cara… A torcida é gigante. Aonde vamos tem gente para caramba, é inédito para nós viver esse amor e carinho da torcida.

Disse Gabriel Cabo, que completou lembrando dos tempos que passou em São Januário quando era pequeno:

– O retorno a São Januário foi emblemático para mim quando eu passei nas quadras cobertas por trás do vestiário. Quando passei pelo vestiário do lado do ginásio, eu tenho poucas memórias da minha infância, mas lembro da reza dos jogadores. Meu pai levava minha roupinha para eu tomar banho lá e me sentir um jogador mesmo (risos). Eu tinha 3 anos, são poucas as memórias, mas são coisas muito marcantes e memoráveis para mim. Eu tomava um suco de caju de maravilhoso no bar de São Januário. São coisas impagáveis, voltando num momento bacana da nossa vida e chegando num projeto maravilhoso. Então tudo casa, tudo se encaixa para que a gente realize, se Deus quiser, um grande trabalho e possa dar um retorno a esse carinho enorme que a diretoria e a torcida têm depositado na gente. Isso só nos faz crescer e nos motivar mais.

Ainda em clima de nostalgia, Gabriel Cabo relembrou o primeiro contato com São Januário nesse retorno, dizendo que os seus olhos e o do pai brilharam, e que pareciam dois meninos lembrando de detalhes. O auxiliar-técnico disse que sempre foi um objetivo de Marcelo Cabo comandar um dos grandes do Rio de Janeiro, sendo ainda mais especial por ser o Vasco

– Como que não brilha? Fomos várias vezes ver jogos em São Januário do Vasco e de grandes equipes. Hoje fazemos parte desse processo. Quem o olho não brilhar não tem sentimento. É um passado nosso de muita recordação, e hoje a gente consegue se ver dentro desse processo. Alegria enorme realizar esse sonho. O Marcelo deixou bem claro que era uma meta da vida dele dirigir um dos quatros grandes do Rio de Janeiro. E sendo o Vasco é sensacional. Indo para a casa depois do primeiro contato em São Januário, nós parecíamos dois meninos conversando sobre detalhes. “Você viu isso, viu aquilo, lembrou daquele lugar?”. Ele encontrou o Seu Germano, um ex-diretor da época dele de futsal, e foi muito emocionante o abraço que eles deram. São memórias da nossa vida. Você une a vida ao trabalho, e a sinergia é muito grande.

São Januário lotado e conquista pelo Vasco

Perguntado sobre objetivos na passagem pelo Vasco, Gabriel Cabo apontou ver São Januário lotado, dizendo que não pode passar pelo Gigante sem sentir essa experiência, o que precisa que a pandemia seja no mínimo amenizada para que aconteça. Ele ainda ainda colocou como sonho de fazer um Gigante vencedor novamente, que dê prazer à torcida e conquiste títulos.

– Tenho alguns objetivos, o primeiro é ver São Januário lotado. Eu preciso ver isso, ver a torcida gritar. A gente espera que essa pandemia passe logo porque isso é inegociável. Nosso sonho é ver São Januário lotado, gritando. Você não pode passar pelo Vasco sem ver isso. Quando você trabalho no Vasco, tudo que você participar tem que entrar para ser campeão. Não dá para falar em ganhar esse ou aquele título. O que mais quero é um Vasco vencedor, um Vasco onde a torcida tenha o prazer de sentar para ver o Vasco jogar. Que o Vasco seja ofensivo, fazer gol e dê prazer para a torcida. Para ela contar as horas de ver o Vasco entrar em campo. Acredito que com isso, com boas atuações e equipe consistente, vamos conseguir ganhar jogos, que é o grande objetivo. E consequentemente títulos.

Antes do Vasco, Gabriel Cabo acompanhou o pai nos trabalhos em Figueirense, Guarani, Resende, CSA, Vila Nova, CRB e Atlético-GO. O Gigante é visto como a grande oportunidade para Marcelo Cabo, que até aqui tem acumulado bons resultados em equipes de menor expressão. Especialista em Série B, o comandante terá como o seu primeiro objetivo levar o Clube de volta à Série A.

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