Fracasso do Vasco na Série B gera prejuízo de R$ 146 milhões para os próximos 3 anos

Passando por um conturbado momento financeiro, Vasco da Gama ainda terá um impacto negativo de R$ 146 milhões no seu orçamento.

Alexandre Pássaro, Fernando Diniz e Jorge Salgado
Alexandre Pássaro, Fernando Diniz e Jorge Salgado (Foto: Rafael Ribeiro/Vasco)

O fracasso do Vasco em subir para a Série A terá um impacto negativo de R$ 146 milhões nas receitas do clube nos próximos três anos. A estimativa é do próprio clube no plano para pagamento de dívidas civeis e trabalhistas apresentado à Justiça. Essa conta, obviamente, considera que o time conseguirá a promoção de volta à elite em 2022.

Com base na Lei da SAF, clube-empresa, o Vasco pediu à Justiça a adesão do Regime de Centralização de Execuções. Assim, o clube passará a ter descontado 20% de sua receita destinado a uma fila de credores. O acordo ainda precisa ser homologado.

Para convencer a Justiça, o Vasco tem de apresentar uma previsão de seu fluxo de caixa para os próximos três anos pelo menos. O plano é mais abrangente: as dívidas cíveis e trabalhistas têm de ser pagas no período de 10 anos.

Em sua projeção, o Vasco estimou que terá uma receita de R$ 187 milhões em 2022 ao ficar na Série B. Caso conseguisse a vaga na Série A, o clube projetava um ganho de R$ 265 milhões. Ou seja, pelas contas vascaínas, a campanha gerou um impacto negativo de R$ 78 milhões para a próxima temporada.

As maiores perdas em receitas são, obviamente, em cotas de televisão a premiação. Só nesses itens o faturamento sofreu um desconto de R$ 62 milhões. Há ainda perdas com marketing, sócio-torcedor e bilheteria.

Mas o impacto não se resume ao segundo ano na Série B. Pela projeção do Vasco, essa permanência na Segundona reduz a velocidade de aumento de receita prevista pelo clube. Considerando 2023 e 2024, o clube considera que terá outros R$ 68 milhões a menos em receita por ter um ano extra fora da elite. E isso somente se, de fato, conseguir a ascensão à Série A no próximo ano.

Apesar desse cenário, o Vasco ainda assim prevê o pagamento de um volume alto de dívidas nos próximos três anos. Pela projeção, o caixa do clube terá de destinar R$ 489 milhões para dívidas neste período. Isso não significa que a redução da dívida será neste montante.

Com a limitação de recursos disponíveis, o Vasco terá de manter suas despesas baixas. A previsão de despesa com folha de pagamento é de R$ 60 milhões. Ou seja, é um patamar similar ao que o clube teve no final deste ano. No documento à Justiça, o clube relata que sua folha é de R$ 5 milhões por mês. Pelo papel, o Vasco não terá dinheiro extra para subir em 2022: terá de aplicar com mais eficiência.

Se consideramos o quadro de 2021, o Vasco ainda assim estima um crescimento de receita para o próximo ano. Para efeito de comparação, o Vasco somou R$ 132 milhões em receitas até o final de setembro, terceiro trimestre do ano. E lembremos que recebeu parte da receita de TV da Série A de 2020 por causa da extensão da temporada.

Para atingir o objetivo, o clube terá de manter o engajamento da torcida —há previsão de R$ 25 milhões em bilheteria— e vender jogadores no mesmo patamar da atual temporada. E, principalmente, tem de estar na Série A em 2023.

Fonte: Coluna do Rodrigo Mattos

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3 comentários
  • Responder

    Ainfa querendo se vangloriar de reduzir dividas ! É igual cobertor curto !

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    Com certeza os torcedores ajudarão nessa empleitada indo aos jogos, porém não sejam crianças novamente em dizer que vai subir em 2022, tenham respeitos pelos demais times da série B, vai ter cruzeiro, sport, Grêmio, Chapecó e outros clubes ORGANIZADOS.

  • Responder

    Que nada !! 148milhões roubados somente. Pq eles n investem no futebol

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