Flu usa até Fred para provocar Vasco e alimenta impasse sobre Maracanã
O clássico entre Vasco e Fluminense está marcado para o dia 22 de fevereiro, pela sexta rodada do Carioca, mas pode não ser no Maracanã.
Mesmo com as últimas represálias da Ferj (Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro) o Fluminense não tirou o pé da dividida com o Vasco pelo lado direito das arquibancadas do Maracanã. Pelo contrário, o Tricolor reacendeu a polêmica nos últimos dias com vídeos em que seus jogadores, inclusive o capitão Fred, convocam a torcida para ficar no lado ao qual se referem como “nosso lugar”.
A provocação ao rival é indireta, mas deixa o recado claro: o Fluminense não pretende ceder na disputa. O clube argumenta que tem contrato assinado com o consórcio que administra o Maracanã que estabelece a posição de sua torcida na arquibancada, exatamente aquela ocupada por torcedores do Vasco desde a fundação do estádio.
“Galera tricolor, domingo contamos com apoio de todos vocês no Maraca. No lado direito, que é o nosso lugar. Vamos juntos com o time de guerreiros. Até domingo”, diz Fred no vídeo publicado em uma das redes sociais do Fluminense. Em outra postagem, os recém-chegados Vinícius e Victor Oliveira reforçam o recado do capitão.
O Fluminense havia vencido a queda de braço inicial em 2013 pelo mesmo assunto, na reabertura do Maracanã, mas viu o tema voltar à pauta com o retorno de Eurico Miranda ao comando do Vasco no fim de 2014. O presidente cruzmaltino já deixou claro que também não pretende ceder na disputa com o Tricolor. O clássico entre as duas equipes está marcado para o dia 22 de fevereiro, pela sexta rodada do Carioca.
“Nestas condições colocadas pelo consórcio, o Vasco não joga no Maracanã. Como não jogaremos no Maracanã deste modo, não há discussão [sobre o lado da torcida]. Mas caso a gente venha a jogar no estádio, nossa torcida ficará do lado que é nosso por direito”, disse Eurico Miranda após uma das recentes reuniões na Ferj.
A Ferj, inclusive, é um dos trunfos do Vasco na discussão. Se o Fluminense tem a seu favor o contrato assinado com o consórcio Maracanã S/A, o Cruzmaltino tem o poder político a seu lado. Não a toa, aquele que seria o primeiro jogo do Tricolor no estádio, o duelo na rodada inicial contra o Friburguense, foi realocado para Volta Redonda mesmo após o encerramento do prazo estabelecido pelo Estatuto do Torcedor.
O presidente da Ferj, Rubens Lopes, diz que não está em nenhum dos lados da discussão, mas desqualifica os argumentos apresentados pelo Fluminense. Ou seja, para a federação, ou o clássico acontece com o Vasco em seu lugar tradicional com o Ok do Tricolor, ou a partida terá de acontecer em outro local.
“A expectativa é que tenhamos esse jogo no Maracanã, e esperamos que Fluminense e Vasco entrem em um acordo. Historicamente, o lado direito é destinado ao Vasco, e o esquerdo, ao Flamengo. O Fluminense alega um contrato, mas é um contrato que não apareceu, que não mostra para ninguém e não tem o mínimo valor esportivo para nós. Não pode ter cláusula absurda. Se não houver consenso, possivelmente a partida não será no Maracanã. Clássico não tem mandante, nem semifinal e final. A Federação tem o direito de determinar o local onde serão realizadas essas partidas”, explicou Rubens Lopes à Rádio Brasil.
Com a torcida no polêmico lado direito das tribunas de imprensa do Maracanã, o Fluminense recebe o Bangu às 17h deste domingo, pela
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