Fernando Prass e Rogério Ceni: os incansáveis

O vascaíno Fernando Prass e o são-paulino Rogério Ceni são os homens de ferro do Brasileirão 2010.

O Campeonato Brasileiro é uma prova para gigantes. Oito meses de competição, viagens desgastantes e inúmeros contrastes. Mudam os gramados, em uma rodada joga-se com calor, na outra aparecem o frio e a chuva. Isso sem contar o risco de sofrer uma contusão ou ficar fora por suspensão. No total, 701 atletas foram utilizados pelos 20 times da primeira divisão nos 341 jogos disputados até este sábado. Destes, dois conseguiram passar ilesos por todos os obstáculos. Rivais no domingo, na partida que será realizada às 19h30m (horário de Brasília) em São Januário, pela 35ª rodada, o vascaíno Fernando Prass e o são-paulino Rogério Ceni são os homens de ferro do Brasileirão 2010. Afinal, eles disputaram todos os minutos de todas as 34 partidas: uma incrível marca de 3060 minutos de bola rolando.

MONTAGEM - Fernando prass vasco rogerio ceni são pauloFernando Prass e Rogério Ceni farão duelo à parte no domingo  (Foto: Editoria de Arte / Globoesporte.com)

Além deles, outro atleta também tem a marca de todos os jogos disputados: o meia argentino Conca, do Fluminense. Ele, no entanto, tem menos tempo de jogo, já que foi substituído algumas vezes.

Não por coincidência, os dois jogadores são os líderes de seus elencos. Embora tenha muito menos tempo de Vasco do que Rogério Ceni no São Paulo, Fernando Prass, que chegou ao clube carioca no início de 2009, tornou-se a referência do time de Paulo César Gusmão e um dos principais ídolos de torcedores. No Tricolor, Ceni completou em 2010 a marca de 20 anos de clube e, por incrível que pareça, ainda consegue quebrar recordes. O último ocorreu após o gol marcado na vitória por 2 a 0 sobre o Cruzeiro, quando ele entrou na lista dos 20 maiores artilheiros da história do Morumbi.

Veja abaixo um info que mostra um completo levantamento dos dois goleiros. Uma marca que valoriza ainda mais os números da dupla é que ambos estão pendurados com dois cartões amarelos. O vascaíno foi advertido pela segunda vez na sétima rodada e o são-paulino, duas partidas antes. Ou seja, mais um cartão, e viram desfalque.

Prass diz que a marca alcançada é fruto de muito trabalho e muita responsabilidade. Ele deixa claro que não relaxa nos treinamentos e, mesmo quando está em férias, se cuida para evitar lesões.

– Não tem mistério ficar tantos jogos seguidos. Eu procuro sempre, mesmo nas férias, manter meu condicionamento físico. Além disso, dificilmente me machuco. Para os goleiros, o treino é mais puxado do que o jogo. Nossa vantagem também é que temos um treinador específico e que pode conhecer melhor as nossas necessidades.

No lado são-paulino, a marca de Rogério Ceni é ainda mais expressiva. Isso porque, em 2009, aos 36 anos, o jogador sofreu a lesão mais séria de sua carreira, uma fratura no tornozelo esquerdo, que o deixou quatro meses longe dos gramados. Para ser ter uma ideia, no ano passado, ele disputou 34 partidas, sendo 16 no Campeonato Brasileiro. Em 2010, já foram 66 apresentações. Ele só ficou fora de uma partida na temporada, contra o Mirassol, pelo Campeonato Paulista, quando o então técnico Ricardo Gomes resolveu poupar seus titulares por causa da Taça Libertadores da América.

– Esses números mostram que mesmo aos 37 anos eu tenho conseguido manter minha carreira sólida. Só fiquei fora de um jogo o ano todo porque a comissão técnica poupou jogadores. Não fiquei fora de nenhum treino e só fui ao Reffis (o centro de fisioterapia do CT) para fazer trabalho complementar. Isso é reflexo de como a gente encara nossa carreira. Sempre treinei muito, sempre me cuidei e sempre joguei muitos jogos ao longo das temporadas. Até pela fratura que sofri em 2009, este ano é ainda mais especial – afirmou o goleiro.

Apesar da ótima temporada, Rogério Ceni aprendeu a lidar com as dores. Dificilmente, ele entra em campo com 100% de suas condições.

– Aos 37 anos, ao mesmo tempo que tenho que treinar muito pra estar bem, tenho de conviver com dores que antes não tinha. É normal e sei lidar com a situação. Todo sacrifício vale a pena para estar em campo – ressaltou o camisa 1 do time do Morumbi.

globoesporte.com

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