Felicidade no Vasco, projetos e família podem segurar Zé Ricardo no Clube
Com boa proposta do Al Ahli, o técnico Zé Ricardo ainda não decidiu se sai ou se fica no Vasco da Gama.
A situação de Zé Ricardo no Vasco é complexa. Aos 46 anos e em seu segundo trabalho num time profissional de clube grande, o técnico está feliz. Afinal, está na fase de grupos da Libertadores, ajudou o Cruz-Maltino a superar uma crise política e mora em sua cidade natal. O “problema” é que números quase que assustadores chegaram para acabar com algumas certezas do treinador.
O que chegou a Zé Ricardo, por intermédio do empresário Augusto Castro, que tem boa entrada no Oriente Médio, foi uma proposta do Al Ahli, dos Emirados Árabes, de três anos e cerca de R$ 500 mil por mês, além de bônus por metas atingidas e moradia. O treinador não tem um agente: quem cuida da carreira e negocia por ele é a advogada Joana Prado.
Os bons valores estão fazendo Zé Ricardo pensar. Desde quando recebeu a oferta, na última semana, o técnico tem tentado chegar a uma conclusão: é melhor ficar no Vasco e dar continuidade ao projeto iniciado no ano passado ou apostar na independência financeira da família? Tudo está na balança.
Zé Ricardo está feliz no Vasco. Ele comprou a ideia da reconstrução do clube depois da crise política no ano passado. No fim de 2017, disposto a levar o Cruz-Maltino à fase de grupos da Libertadores, chegou a convencer jogadores a permanecer, apesar dos problemas financeiros. Recentemente, inclusive, o comandante recebeu uma boa proposta de um outro time brasileiro e decidiu permanecer em São Januário.
O que também pesa para Zé Ricardo permanecer no Rio de Janeiro é a família. A esposa do técnico não iria se opor à ideia de ir aos Emirados Árabes, mas ela toca o negócio da família. Isso seria um empecilho para o treinador, que é muito apegado aos familiares.
Ao mesmo tempo, Zé Ricardo tem outra visão. Ele entende que cumpriu boa parte da missão que lhe foi proposta quando assumiu o Vasco no ano passado, que era ajudar a equipe a ir à Libertadores. Fez mais do que isso, como já citado: ajudou o clube a não perder jogadores, algo que até fugia da sua alçada.
Enquanto pensa no que quer para o futuro, Zé Ricardo fez uma contraproposta ao Al Ahli e aguarda uma resposta. Os árabes também negociam com outros dois treinadores de outros países, o que pode melar o negócio com o técnico do Vasco.
O Cruz-Maltino aguarda uma resposta nos próximos dias. Não deu um prazo para Zé Ricardo decidir se vai ou se fica, mas entende que o início da próxima semana será decisivo. A cúpula do futebol do Vasco pretende se reunir com o técnico na segunda ou na terça-feira caso não tenha uma posição até lá. O clube ofereceu um aumento salarial para cerca de R$ 250 mil ao comandante e mais um ano de contrato, até o fim de 2019.
Globo Esporte