Eurico Miranda vai ao ataque e mira rivais, cotas de TV e Bom Senso
O presidente Eurico Miranda quer rediscutir o futebol brasileiro e atacar o que chama de privilégios a Flamengo e Corinthians.
Eurico Miranda quer rediscutir o futebol brasileiro e atacar o que chama de privilégios a Flamengo e Corinthians.
O presidente do Vasco, que tem força na Federação do Estado do Rio, acha que Flamengo e Fluminense, ao defenderem preços mais caros para o Estadual e não os populares, querem elitizar ainda mais o futebol carioca. Acha que a federação deveria colocar os preços lá pra baixo mesmo para encher os estádios e permitir que mais torcida possa comparecer ao estádio, algo de que eu, particularmente, discordo.
Como bem apontou o Fluminense, usando da ironia em nota oficial, a Federação do Rio não é gabaritada e está longe de realizar um dos melhores campeonatos do Brasil. O Estadual não atrai o interesse do torcedor e, assim como os de outros Estados, deveria ser repensado. Especialmente a presença dos grandes teria que ser reduzida. Do jeito que está o produto está fadado ao fracasso.
Além da questão dos ingressos, Eurico quer rever as negociações dos direitos de TV. Não acha que as futuras devam privilegiar Corinthians e Flamengo, os clubes mais populares do Brasil, que ganham mais do que os demais. Defende negociações conjuntas e não mais individuais e alerta para o risco de o futebol brasileiro virar o espanhol, que, salvo raríssimas exceções, costuma ter apenas dois times brigando pela ponta, Barcelona e Real Madrid.
O polêmico dirigente também ataca o Bom Senso F.C., movimento dos jogadores de futebol que ele chama de os “mauricinhos da bola”. Acha que querem jogar menos e só estão preocupados com o próprio bolsa. Questiona as fontes de financiamento do grupo e diz que cada um tem uma agenda própria. Acha que Paulo André, que gosta de aparecer como líder do Bom Senso, usa-o para iniciar uma plataforma política e conseguir espaço em jornais para sua futura carreira de cartola, o que o jogador nega.
Eurico afirma ainda que há outros no movimento que se apresentam como membros do grupo e nem são jogadores e que o usam apenas para ganhar um lugarzinho na mídia e alavancar suas carreiras (ou tentar alavanca-las).
Sobre as fontes de financiamento do grupo, que Eurico questiona, já perguntei no último mês ao Bom Senso em três oportunidades e confesso que não recebi resposta alguma. Nem de Paulo André. O que não quer dizer que a agenda do Bom Senso esteja errada, muito pelo contrário, e que não haja ótimas lideranças, como o goleiro Dida, um dos que mais trabalharam pelo grupo e na surdina, como é bem seu estilo.
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