Especialista vê como correta a reprovação das contas do Vasco de 2018
Fernando Guerra, CEO da Fastcont, analisou o relatório das contas do Vasco de 2018 e vê como correta a atitude do Conselho.
A efervecência política no Vasco ganha novos capítulos a cada dia. A recente reprovação do balanço patrimonial, do exercício 2018, ocorrida em assembléia do Conselho Deliberativo do clube na última semana, na sede náutica da Lagoa, abriu mais uma série de acusações entre a administração do presidente Alexandre Campello e grupos de oposição. O mandatário cruz-maltino alegou que a reprovação do documento teve motivação política, e não técnica.
A pedido da reportagem do LANCE!, a empresa de contabilidade Fastcont Contábil fez uma análise técnica do documento apresentado ao Conselho Deliberativo do Vasco. Fernando Guerra, CEO da Fastcont, buscou uma visão isenta da questão, usando a sua experiência no assunto.
– Analisando o parecer da auditoria realizada nas demonstrações contábeis do Club de Regatas Vasco da Gama, que compreendem o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2018, podemos notar que em algumas rubricas, a empresa (auditoria), não teve documentos suficientes para que pudesse concluir e emitir a opinião sobre a real situação. Posto isto, por se tratar de um trabalho minucioso, uma vez que não se tem documentos que comprovem ou fundamentem os atos ali discutidos, coloca-se em “check” todo o restante do trabalho – analisou.
Guerra ainda aproveitou para indicar a sua conclusão na análise do documento de 2018, que acabou reprovado pelos conselheiros.
– Sendo assim, de acordo com a nossa análise é totalmente plausível que o Conselho não tenha aceitado o Balanço apresentado. Entendemos que o trabalho de auditoria é feito para que de uma maior segurança e transparência ao clube e a todos aqueles que, direta ou indiretamente, participam da administração dele, para que enxerguem de forma clara todas as operações contábeis e ate mesmo financeiras – finalizou.
Por onze votos de diferença, as contas do Vasco de 2018, primeiro ano da gestão do presidente Alexandre Campello, foram reprovadas. Em votação na na sede náutica do clube, na Lagoa, 99 conselheiros votaram pela reprovação, enquanto 88 optaram pela aprovação. A votação foi nominal, e teve recontagem dos votos por parte do mandatário. Estas contas de 2018 foram auditadas pela empresa especializada BDO. As contas auditadas pela BDO foram aprovadas com ressalvas, apontando uma somatória de três valores que passam de R$ 30 milhões para os quais, segundo o relatório de conclusão, “não foram obtidas evidências de auditoria apropriada e suficiente quanto a sua existência e realização”, deixando de opinar sobre o acontecimento.
Lancenet