Entenda como disputas fomentam rivalidade entre Fluminense e Vasco

O clássico entre Fluminense e Vasco da Gama tem sido marcado por disputas recentes com relação ao Maracanã.

Pedro Raul durante o jogo contra o Fluminense
Pedro Raul durante jogo contra o Fluminense (Foto: Daniel Ramalho/Vasco)

Fluminense e Vasco se enfrentam hoje (3), pelo Brasileiro, no Maracanã. O clássico acontece no estádio que tem sido um ingrediente a mais na rivalidade nos últimos anos.

O que aconteceu

O duelo acontece dias após os clubes trocarem farpas na imprensa sobre a gestão do Maracanã.

Mário Bittencourt, presidente do Fluminense, falou sobre o tema ao vivo, no SporTV, e foi respondido por Luiz Mello, CEO da SAF do Vasco.

O caso fez o clima entre as torcidas esquentar, e os clubes se posicionaram publicamente por paz nos estádios.

Esta não é a primeira vez que o Maracanã está em meio a uma briga entre os clubes.

O lado direito

O embate entre Fluminense e Vasco envolvendo o Maracanã ficou mais forte a partir de 2013, quando o Tricolor assinou com o consórcio que administrava o estádio e o contrato determinava que a torcida do clube das Laranjeiras ocupasse o lado direito às cabines de rádio.

O local, historicamente, era utilizado pela torcida do Vasco. O clube ganhou o direito de escolha após ser o primeiro campeão da Era Maracanã e, por este motivo, os cruz-maltinos tinham o espaço de maneira fixa. O episódio gera discussões até os dias de hoje.

Em clássico realizado em julho de 2013, a torcida do Flu ficou no lado direito e o time da Colina venceu por 3 a 1. Juninho Pernambucano, ao abrir o placar, voltou-se à arquibancada tricolor e disse: “o lado direito é nosso”.

“O Vasco foi o primeiro campeão no Maracanã e conquistou esse direito. Por respeito, a nossa torcida merecia ficar ali. Só isso”, argumentou.

Jogo com torcida única

Na final da Taça Guanabara de 2019, Vasco e Fluminense disputaram nos tribunais e o jogo teve torcida única. O Cruz-Maltino, mandante daquele jogo, apoiou-se no regulamento da Ferj e vendeu ingressos para a sua torcida para o lado direito. O Flu, apontando o contrato com o consórcio, acionou a Justiça.

Pedro Abad, então presidente tricolor, chegou a convocar os torcedores “à guerra”. Uma liminar determinou portões fechados, e houve uma briga nos bastidores. O jogo começou sem presentes nas arquibancadas e muita confusão do lado de fora.

Após todo o imbróglio, houve a liberação e os vascaínos entraram no estádio no decorrer do duelo, e celebraram a conquista da Taça Guanabara após vitória por 1 a 0, com gol de Danilo Barcelos. Abad, dias depois, foi punido pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) pelas declarações.

Gestão do Maracanã

Na atual temporada, pode-se dizer que a história tem alguns capítulos que se repetem. O estádio atualmente é administrado pela dupla Fla-Flu, sob um Termo de Permissão de Uso (TPU). O Vasco, por sua vez, já demonstrou interesse em gerir o Maracanã.

Em novembro, o Governo renovou o TPU e o Cruz-Maltino alegou não ter sido chamado. Às vésperas do fim do vínculo, o clube de São Januário foi à Justiça tentar evitar uma nova renovação sem chamamento público. Apesar da tentativa, o Governo realizou um novo acordo com Fla-Flu.

Fonte: Uol

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