Empresa responsável pelo VAR na Copa será escolhida para o Carioca

A empresa que cuidou do árbitro de vídeo na Copa do Mundo será a escolhida para o serviço no Campeonato Carioca de 2019.

O presidente da comissão de arbitragem da Ferj, Jorge Rabello, encaminhou nesta sexta-feira o seu parecer técnico escolhendo a proposta da Hawk-Eye Innovations para a implantação do VAR, na sigla em inglês, ou árbitro de vídeo no Campeonato Carioca de 2019. Mas o martelo será batido somente no início da próxima semana. Isso porque, além do parecer técnico, é necessário o aval do diretor financeiro da Ferj, Cláudio Lopes, que avalia se é possível que a entidade pague integralmente a despesa pelo uso da tecnologia nos 10 jogos decisivos da competição.

O valor apresentado pela empresa escolhida por Rabello, responsável pelo VAR na Copa do Mundo da Rússia, gira em torno de R$ 25 mil por jogo, cerca de metade do valor apresentado pela CBF para inclusão do VAR no Brasileiro de 2018. Porém, neste primeiro ano de Carioca com VAR, haverá também um custo de treinamento dos árbitros que ficará em R$ 225 mil. Ou seja, a despesa para 2019, no total, será de aproximadamente R$ 475 mil, ou R$ 47,5 mil para cada um dos 10 jogos decisivos. Em 2020, já que o contrato proposto é de dois anos, sem treinamento, o valor total cairia para R$ 250 mil, ou R$ 25 mil por jogo.

Houve uma reunião entre Rabello e Lopes na tarde desta sexta-feira e o dirigente se mostrou otimista em relação ao custo. Alegou que, ao pedir os orçamentos, esperava valores mais altos e, dessa forma, maior dificuldade para fechar.

Com os valores apresentados, adiantou que é provável que a Ferj se ocupe de todos os custos e que há uma vontade da entidade nesse sentido. Mas essa decisão só será tomada por Cláudio Lopes na terça-feira após uma análise mais criteriosa dos valores. Há ainda a possibilidade de ser proposto um rateio de parte do valor entre os quatro grandes clubes, opção que por ora é tratada por Rabello como plano B.

– Tecnicamente, não há muito como fugir de uma das empresas, que é a Hawk-Eye, que fez a Copa do Mundo, faz ligas europeias, e tem uma experiência que as demais não têm. Não podemos perder a oportunidade de ter toda essa experiência a nosso favor – disse Rabello, que fez o parecer técnico apontando a Hawk-Eye como a melhor proposta no seu entendimento.

Questionado sobre se a Ferj de fato arcará com todos os custos, Rabello respondeu:

– Acredito que sim, porque se for nos clubes, vai acontecer o mesmo que aconteceu na CBF (se referindo à votação que rejeitou o VAR para o Brasileiro 2018).

Neste ano, a Ferj já realizou testes “offline”, ou seja, sem interferêcia no jogo, com a empresa suíça Dartfish, que também participa da concorrência. Para 2019, a ideia de ter o VAR em todos os jogos do Carioca está praticamente descartada. Rabello trabalha com o uso da tecnologia para as semifinais e finais de turno (taças Rio e Guanabara), além das semifinais e finais do Carioca.

Globo Esporte

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