Dono da JJ Invest, ex-patrocinadora do Vasco, é preso no Rio

JJ Invest já patrocinou o Vasco
JJ Invest já patrocinou o Vasco (Foto: Divulgação/Facebook)

Mais de um ano após a Justiça decretar prisão de Jonas Jaimovick, que era dono da JJ Invest, policiais da Delegacia de Defraudações (DDEF) prenderam o empresário, acusado da maior pirâmide financeira já realizada no Brasil, que deixou milhares de vítimas, entre elas atletas e celebridades, como os ex-jogadores de futebol Zico e Júnior, e membros na comunidade judaica carioca.

O prejuízo causado pela fraude às vítimas é estimado em ao menos R$ 170 milhões. O caso foi revelado pelo GLOBO.

Ele foi preso na Barra da Tijuca, Zona Oeste, no começo da manhã. A empresa de Jaimovick não tinha autorização para funcionar.

O empresário desapareceu em fevereiro de 2019 com pelo menos R$ 170 milhões de 3 mil clientes, entre eles celebridades, após reportagens do GLOBO mostrarem que a empresa era investigada pela Polícia Federal e pela própria Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Mesmo irregular a JJ Invest havia conquistado status de mecenas do futebol carioca, patrocinando mais de uma dezena de clubes, entre eles o Vasco.

Além dele, foram indiciadas mais oito pessoas que, de forma direta, obtiveram lucro com a pirâmide financeira. Os acusados ofereciam aos investidores uma rentabilidade de 10% a 15% mensais, muito acima da taxa básica de juros do país, a Selic, que está na sua mínia histórica (2% ao ano).

Jonas ainda responde, somente no Rio de Janeiro, a mais 30 inquéritos de outras unidades. Também há processos contra o acusado em São Paulo, Maranhão, Recife, Ceará entre outros estados.

Na esfera cível, existe uma infinidade de processos pedindo ressarcimento ao próprio Jonas e a JJ Invest. Estima-se que em todo o país existam mais de três mil lesados, com algumas pessoas perdendo até mais de R$ 1 milhão.

Segundo investigadores, Jaimovick operava “sem a devida autorização, ou com autorização obtida mediante declaração falsa, instituição financeira, inclusive de distribuição de valores mobiliários ou de câmbio”, e é acusado de “gerir fraudulentamente instituição financeira” e de “apropriar-se (…) de dinheiro, título, valor ou qualquer outro bem móvel de que tem a posse, ou desviá-lo em proveito próprio ou alheio.”

As penas previstas são de reclusão entre seis e 22 anos, além de multa.

Fonte: O Globo Online

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