Delegado de Petrolero x Vasco sobre racismo na Bolívia: ‘Nada importante’
Álvaro Silva, delegado da partida na Bolívia diz que ofensas raciais sofridas por jogadores do Vasco foi 'algo muito pequeno'.
O uruguaio Álvaro Silva, delegado da partida entre Oriente Petrolero e Vasco, pela Sul-Americana, relatou a reclamação dos jogadores vascaínos por causa das ofensas raciais vindas da arquibancada na Bolívia. Mas, no entendimento dele, o episódio ocorrido nos minutos finais do jogo que classificou o Vasco foi “algo muito pequeno”.
– Foi muito pouco. Algo muito pequeno. Não foi nada importante. Durou nem dois minutos. O árbitro relatou também na súmula, dizendo que os jogadores do Vasco reclamaram – disse Silva, em contato com o GLOBO nesta quinta-feira.
Segundo o Vasco, as ofensas de parte da torcida foram dirigidas ao volante Juninho. O juízo de valor feito pelo uruguaio, no entanto, não entra no documento que já está sob posse da Conmebol. O relato será usado posteriormente para eventual processo disciplinar contra o time boliviano.
A Conmebol não publica a súmula do árbitro e nem o relatório do delegado da partida. A orientação é que a descrição dos fatos seja imparcial, deixando para o Tribunal Disciplinar julgar o caso.
O Vasco está ciente de que o fato está registrado e vai tentar cancelar o cartão recebido por Ricardo Graça. O zagueiro estava no banco de reservas e foi um dos que reclamaram com o árbitro venezuelano José Argote. Nas imagens da partida, e possível ver o goleiro Alexander dizer ao quarto arbitro: “Estão chamado de macaco, está errado”.
Por orientação da Fifa, o árbitro tem a prerrogativa de paralisar o jogo caso identifique ofensas racistas vindas da arquibancada.
O Globo Online