Criadores falam sobre repercussão da ‘Baianidade Nagô’ entre vascaínos
Jorge Menezes e Jayme Neto, criadores da 'Baianidade Nagô', falaram sobre a repercussão da paródia entre os vascaínos.
Ritmo e melodia conhecidos do grande público aliados a uma letra que cita ídolos do Vasco. Foi essa a receita que fez com que a versão cruzmaltina de “Baianidade Nagô” ganhasse as redes sociais nos últimos dias, empolgasse os torcedores e até mesmo o perfil oficial do clube compartilhasse.
A paródia do axé que ficou famoso na década de 90, através da Banda Mel, é uma obra dos vascaínos Jorge Menezes e Jayme Neto. Na composição, nomes que marcaram época em São Januário, como Barbosa, Bellini, Ademir de Menezes, Dinamite, Romário e Edmundo.
Com Jorge no vocal e Jayme no banjo, eles entoaram a música de forma despretensiosa, durante um momento de descontração com amigos. A torcida aprovou e já há a tentativa de fazê-la chegar às arquibancadas.
Como diria o poeta: “Lançaram a braba.” https://t.co/BzaqKMTDHI
— Vasco (@VascodaGama) November 30, 2019
“Sou professor há mais de 20 anos e, nas aulas de matemática e química, fazia algumas paródias. Há algum tempo tenho me dedicado a músicas para o Vasco. Essa da “Baianidade Nagô” é de março e acabamos divulgando agora. É uma forma de aproveitar esse momento da torcida, de resgate dessa que, para mim, é a mais bela história do futebol”, disse o empresário Jorge, que completou:
“É uma melodia que está na boca do povo. Sabíamos que ia pegar (risos)”.
Para o músico Jayme Neto, o fato de o vídeo ter sido amplamente compartilhado nas redes sociais foi uma surpresa. Ele, agora, torce para que a música seja cantada na Colina, o que representaria a realização de um sonho de infância.
“Honestamente, não esperava todo esse viral da música. Até por ser um vídeo totalmente amador. Escolhemos a “Baianidade Nagô” porque, além de ser um hit eterno, encaixou perfeitamente com a letra que homenageia nossos ídolos. Estamos na torcida para que pegue. Caso a música seja entoada em São Januário, será um sonho de infância se realizando”, apontou.
Jorge, por sua vez, já sentiu esse gostinho anteriormente. Ele é o autor de “A Cruz de Malta é quem me guia”, versão de “Descobrir dos sete mares”, de Tim Maia, e que foi adotada por uma das torcidas do Vasco.
A ideia deles com “Ídolos do Vascão, como foi batizada a versão de “Baianidade nagô”, é lembrar jogadores que fizeram parte da história do clube.
“Como que não vamos falar dos muitos craques que o Vasco já fez, que já defenderam o Vasco? Claro que não caberiam todos e, infelizmente, alguns ficaram fora. Mas a música é para esses grandes ídolos”, ressaltou Jorge.
Campanha por artistas
Pouco depois de a versão vascaína de “Baianidade Nagô” ter caído nas redes, diversos torcedores fizeram uma campanha para que a música fosse gravada e marcaram artistas notoriamente cruzmaltinos, como foi o caso de Teresa Cristina e Iza.
Recentemente, “Hoje o Vasco joga, amor”, paródia de “Tempos modernos”, de Lulu Santos, foi gravada por Lexa e MC Darlan e fez sucesso na torcida.
Veja a letra:
Ídolos do Vascão
“Já chegou o Vascão
Bellini, Mauro Galvão
Germano, Acácio e Barbosa
Pedrinho, Felipe foi magia
Dinamite artilharia
Eterno Ademir e Vavá
Luizão e Donizete
Animal em 97
Bebeto e o Baixinho a reinar
(Mil gols)
Com Sorato alegria
E o Denner covardia
Falta pro Juninho cobrar… Vai ser gol!
Eu vou
Cantar pelo time que encantou
São Januário templo levantou
Lutou pela igualdade na cor
Eu queria…
Que a mais linda história fosse eterna
Enquanto houver criança na Terra
O sentimento não pode parar”
Uol