Conheça propostas para eleições diretas e reforma do estatuto do Vasco
O Conselho Deliberativo do Vasco da Gama se reunirá nesta quarta-feira para discutir eleições diretas e reforma do estatuto.
Foi feita uma comissão para a reforma do estatuto. Essa junta tinha representantes de todos os grandes grupos políticos do Vasco e desenvolveu um texto para a reforma do estatuto. Todos de acordo, mas 3 pontos ficaram pendentes:
1º O vascaíno ter que ser sócio estatutário há 3 anos para votar.
2º O vascaíno ter que ser sócio e ter um cargo de conselheiro há 8 anos para ser candidato à presidência.
3º Eleições diretas
Há 3 opções para esses pontos serem resolvidos:
A – Fazer uma reforma completa no estatuto com essas questões já oficializadas para as eleições de 2020.
B – As diretas já seriam implantadas em 2020, mas a exigência de ter 3 anos de Sócio para votar e 8 anos de conselheiro para ser presidente seriam implantadas só nas eleições de 2023.
C – Todos os 3 pontos (Diretas, 3 anos e 8 anos) seriam implantados apenas em 2023.
É isso que está em discussão. É o item 1 da reunião do Conselho Deliberativo. O item 2 se trata apenas de eleições diretas.
Ou seja: há unanimidade sobre as diretas. Todos querem. Porém, quando elas serão implantadas é que não foi decidido e, sobre isso, há um entrave.
A reforma do estatuto vai ser bem difícil de acontecer porque requer 2/3 dos votos do Conselho. Já as eleições diretas devem ser implantadas para 2020, visto que só precisa da maioria simples para passar, mas com todas as regras do estatuto atual.
Reforma: precisa de 2/3 do conselho.
Alteração: precisa da maioria simples.
O presidente do Conselho Deliberativo, Roberto Monteiro, entende que as eleições diretas para 2020 é uma alteração, não reforma do estatuto. Com isso, preciso só de maioria simples. Entretanto, alguns beneméritos entendem que é reforma, desta forma, precisaria de 2/3.
Isso, no futuro, poderia abrir margem para uma possível entrada na Justiça por quem for contra o termo “alteração”, mas a chance é irrisória. O fato é que, ao que tudo indica, pelo menos as eleições diretas vão acontecer já em 2020 e como alteração, não reforma.
Jornalista Lucas Pedrosa