Conheça os pontos fracos e fortes do Defensa y Justicia, adversário do Vasco

Defensa y Justicia e Vasco da Gama disputam o primeiro jogo das quartas de final da Copa Sul-Americana nesta quinta-feira.

Defensa y Justicia vive má fase recente
Defensa y Justicia vive má fase recente (Divulgação/Conmebol)

Vasco e Defensa y Justicia começam a decidir nesta quinta-feira, às 21h30, uma vaga para as quartas de final da Copa Sul-Americana. Sem Ricardo Sá Pinto e com dez desfalques por Covid-19, o time carioca terá uma parada dura em 180 minutos contra os argentinos em busca da classificação.

Antes do primeiro jogo do duelo no Estádio Norberto “Tito” Tomaghello, em Florencio Varela, na grande Buenos Aires, o ge ouviu jornalistas que acompanham o dia a dia do clube argentino para entender os pontos fortes, pontos fracos e como chega a equipe para o mata-mata.

O Defensa se classificou para a atual fase da Copa Sul-Americana ao terminar a fase de grupos da Copa Libertadores em 3º lugar, com seis pontos no grupo G, que também contava com Santos e Delfín, classificados para as oitavas, além do Olimpia.

O jornalista Léo Lepri, autor do blog Latinoamérica Fútbol Club, do ge, avalia o time comandado por Hernán Crespo como um rival bem mais complicado do que foi o Caracas, adversário do Vasco na fase anterior.

– É um time que pode, sim, complicar para o Vasco. É muito mais difícil do que o Caracas, que já deu problema para o time carioca. Considero 50-50, uma chave totalmente aberta. O Vasco, talvez, ligeiramente favorito por jogar um torneio mais difícil, como é o Brasileirão, e pela aplicação tática que a equipe mostrou no jogo contra o São Paulo no Morumbi. É um time que me parece mais preparado, mas esse jogo é muito mais complicado do que foi o jogo contra o Caracas.

Pontos fortes e principais jogadores

Facundo Jauregui – Jornalista e apresentador do “Gargantas del Diablo” na rádio argentina “Cooperativa”.

– Os principais jogadores que o Defensa y Justicia conta são o seu goleiro Ezequiel Unsaín, os meias Nelson Acevedo, Raul Loaiza, Washington Camacho; e no ataque tem armas importantes com Braian Romero, que é o goleador do time, Francisco Pizzini e Ciro Rius. A grande arma e o seu ponto mais forte, com certeza, é o ataque. Do meio para frente, é uma equipe que pode agredir a qualquer momento, com jogadores que desequilibram e que podem marcar se encontram espaço.

Cláudio Blanco – Jornalista argentino, diretor-geral da Rádio Gran Buenos Aires e da Rádio Empresaria 92.5

– A equipe-base dos últimos jogos tem sido essa: Unsaín; Adonis Frías, Juan Gabriel Rodríguez e David Martínez; Marcelo Benítez e Nelson Acevedo ou Loaiza; Ciro Rius e Eugenio Isnaldo; Washington Camacho; Gabriel Hachen e Braian Romero. O ponto forte é o bom trato com a bola, e o bom jogo sempre ofensivo. É algo que vem se caracterizando no time desde 2014, quando subiram para a Primeira Divisão da Argentina.

Hernán Crespo e a “incubadora de técnicos”

Léo Lepri – Jornalista do ge e autor do blog “Latinoamérica Fútbol Club”

– É uma marca do time nos últimos anos, seja com (Jorge) Almirón, (Diego) Cocca, (Sebastián) Beccacece, Ariel Holan. É uma incubadora de técnicos que pensam o futebol para frente, com criação saindo jogando desde o fundo. O Crespo não é diferente. É a segunda experiência como treinador, a primeira foi ano passado com o Banfield. Ele tentou colocar esse pensamento dele, mas o time estava muito complicado com questões de rebaixamento e custou para a equipe entender a maneira dele de jogar. Então, houve uma saída consensual. Agora, ele chega ao Defensa y Justicia, ali de Florencio Varela, sul da grande Buenos Aires, que não tem uma torcida muito grande, onde pode colocar em prática esse tipo de trabalho.

Facundo Jauregui – Jornalista, apresentador do “Gargantas del Diablo” na rádio argentina “Cooperativa”.

– Crespo é um treinador jovem, que ainda está dando seus primeiros passos no futebol. Teve uma experiência curta com o Banfield. Ele aposta muito na promoção de jogadores jovens e que tenham o estilo ofensivo como preferência. Sua relação com a torcida do Defensa y Justicia é muito boa, apesar de não atravessar um bom momento no torneio local. Isso porque ele vem sendo protagonista nas competições internacionais.

Pontos fracos e má fase

Marcos A. Sttiner – Jornalista do “Planeta Defensa”

– Depois da pandemia, muita coisa mudou. Nos últimos oito jogos, só ganhou um contra o Sportivo Luqueño no Paraguai por 2 a 1. Há cinco partidas não ganha, duas derrotas contra o Colón, e três empates, contra Independiente, Central Córdoba e Sportivo Luqueño em casa no jogo de volta. Hernán Crespo joga com um esquema de três zagueiros na última linha e é o que se mais critica porque toma muitos gols e não consegue consolidar o esquema e também não muda. Ele chegou a 18 partidas dirigindo o Defensa, com seis vitórias, seis empates e seis derrotas. Levou 22 gols.

Cláudio Blanco – Jornalista argentino, diretor-geral da Rádio Gran Buenos Aires e da Rádio Empresaria 92.5

– Hoje, tem problemas sérios na zona defensiva, com atuações irregulares da linha de três zagueiros, e ele não encontra soluções para isso. Tem uma relação um pouco distante com a torcida, não conseguiu a proximidade que outros técnicos tiveram, como Diego Cocca y Sebastián Beccacece, por exemplo.

Facundo Jauregui – Jornalista , apresentador do “Gargantas del Diablo” na rádio argentina “Cooperativa”.

– O que o Vasco pode aproveitar é o desequilíbrio e os espaços que ficam quando o Defensa ataca. É aí que os rivais mais aproveitam para marcar e, se o Vasco souber explorar esse contra-ataque, pode sair com uma boa vantagem. Defensa y Justicia é uma equipe quando ataca, já que faz isso muito bem; mas é outra completamente diferente quando defende, não é o seu forte.

Fonte: Globo Esporte

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