Confira os motivos que levaram o Vasco a reintegrar Bruno César
O Vasco da Gama reintegrou o meia Bruno César ao elenco após longo período afastado e agora está à disposição do técnico.
Fora dos planos no começo da temporada, Bruno César foi reintegrado ao Vasco e estará à disposição do técnico Ramon Menezes quando o calendário de competições for retomado. O retorno acontece após uma negociação que foi considerada positiva tanto para o jogador quanto para o clube.
Primeiramente, na visão da comissão técnica, Bruno César pode ocupar uma lacuna no elenco, que já dura desde a saída de Nenê, hoje no Fluminense: um meia de criação, capaz de “dar liga” ao time. Além disso, a possibilidade de ser utilizado nas bolas paradas também foi ponto favorável.
Neste período de paralisação, Bruno César teve conversas com José Luís Moreira, vice-presidente de futebol do Cruz-Maltino, e contatos constantes com Ramon, com quem trabalhou diretamente no período em que treinou separadamente. Ambos indicaram serem favoráveis à volta, que acreditavam que o jogador poderia se recuperar em São Januário e contribuir em campo.
Aos 31 anos e com passagem pela Europa, a experiência também foi colocada na balança. Há ainda um outro aspecto, já que a reintegração dele também dá mais opções para o setor ofensivo, que tem Talles Magno ainda se recupera de uma fratura no pé esquerdo.
Pelo lado do Vasco, havia uma questão financeira. O clube tinha uma dívida com o meia e um vínculo que iria apenas até o fim do ano. Nas tratativas, ofereceu uma redução salarial aliado a um novo documento, válido até maio de 2022. Desta forma, Bruno César ganhou mais tempo de vínculo, e o Cruz-Maltino um compromisso com vencimentos mais adequados à realidade dos cofres.
Assim, haverá uma economia de pouco mais de R$ 100 mil ao mês aos cofres e a diretoria consegue planejar com mais tempo o pagamento da dívida com o jogador.
Até aqui, a passagem de Bruno César pela Colina tem sido abaixo das expectativas. O jogador chegou para ser o grande nome de 2019, mas não engrenou e, com a chegada do técnico Vanderlei Luxemburgo, perdeu espaço.
No primeiro ano no Vasco, foram 30 jogos e quatro gols. Sem dar a resposta esperada inicialmente e com a questão física em pauta, o meia saiu dos planos para 2020, assim como os laterais direitos Rafael Galhardo e Cláudio Winck.
A cúpula chegou a conversar em busca de uma solução, mas as recentes mudanças no departamento de futebol mudaram o panorama. O técnico Abel Braga deixou o clube e, além de Ramon assumir o posto, houve a chegada de Antônio Lopes para ser coordenador-técnico.
Durante a paralisação, o meia vinha realizando treinamentos e, ao UOL Esporte, o preparador que estava trabalhando com ele afirmou que o jogador estava ‘muito motivado nos treinamentos’.
Ramon foi decisivo com Ribamar
Então auxiliar-técnico, Ramon foi peça importante para Ribamar conseguir reescrever a história dentro do Vasco. O atacante também estava fora dos planos de Luxemburgo, mas, posteriormente, o hoje treinador indicou que ele poderia ajudar no esquema montado por Luxa.
“O Ramon foi um cara importante para mim no período em que eu buscava firmar meu espaço no grupo. Sempre acreditou no meu trabalho e em como eu poderia ajudar o Vasco. Eu vejo nele alguém que tem o DNA do clube e que consegue nos transmitir isso. Além da qualidade como profissional, é especial você trabalhar com uma pessoa que te faz entender o tamanho do Vasco da Gama e a responsabilidade que é vestir esta camisa”, disse, ao UOL Esporte, no começo de abril.
Uol