Confira o que deu certo e errado no Vasco contra o Macaé

O Vasco da Gama teve falha na criação, mas as mudanças feita na equipe surtiram efeito e consegue virar sobre o Macaé.

Os 2.168 presentes em São Januário nesta quarta-feira à noite tiveram sono, porque Vasco e Macaé protagonizaram um jogo ruim – principalmente no primeiro tempo. Com força máxima, o Cruz-Maltino não repetiu a mesma concentração aplicada na Libertadores e saiu atrás. No fim, graças à desesperada pressão, virou. O sentimento, porém, não pode ser dos melhores.

O começo foi péssimo. Nada melhor do que isso para explicar o primeiro tempo do Vasco – e também do Macaé, que aproveitou a melhor chance que teve para abrir o placar, mas pouco criou. As equipes não conseguiam acertar dois passes seguidos em direção ao gol. Qualquer infiltração era facilmente interrompida.

Ao Vasco, faltou aquela concentração tão elogiada por todos nos jogos da Libertadores. Os jogadores erraram muitos domínios, por exemplo. O lateral-esquerdo Henrique vacilou várias vezes na etapa inicial em tentativas de jogadas ofensivas por causa de erros bobos. A movimentação dos meias e atacantes também não ajudaram.

Sobrou, inclusive, para o zagueiro Erazo. O defensor, escalado no lugar de Ricardo, na tentativa de criar algo, arriscou vários lançamentos e errou praticamente todos. Ouviu vaias e alguns xingamentos durante o primeiro tempo. Ao apito final do árbitro na etapa inicial, vaias a todo o time.

Melhora razoável, mas não da água para o vinho

A ida para o vestiário fez bem para o Vasco. A atuação da equipe passou de péssima para razoável. Os toques de bola, ao menos, passaram a ser mais objetivos e dar certo trabalho ao Macaé, que tinha pouca pressa. Henrique, que tanto falhara no primeiro tempo, voltou ao estado normal e acertou ótimo cruzamento para Ríos marcar só seu segundo gol na temporada.

Mas não foi o suficiente. A pegada, como já falado, não era a mesma da Libertadores. O ímpeto do Vasco, é claro, era para vencer, mas faltava alguma coisa. O problema não era só posicionamento, mas o que fazia o Cruz-Maltino parecer estar tão alheio ao jogo em São Januário.

Se na Libertadores acostumou-se a ver um Vasco vertical, perigoso e criativo, nesta noite esteve em campo um time sem tanta alma assim. A concentração parecia não ser a mesma dos jogos decisivos do torneio continental, independentemente do resultado, que poderia mascarar isso.

Criação falha

Evander, destaque nos últimos jogos com bons passes e boa movimentação, não foi bem nesta quarta-feira. Como os laterais também não colaboraram em subidas para o ataque, a criação do Vasco não funcionou diante do Macaé.

Os volantes e zagueiros, em diversas oportunidades, pegavam a bola perto do meio de campo e não tinham como evoluir, aí tocavam para o lado na tentativa de achar algum espaço.

No fim, em uma das poucas jogadas em que Evander tirou da cartola, Pikachu desperdiçou a chance da virada com um chute muito fraco já dentro da área.

Mudanças surtem efeito

Zé Ricardo mexeu no time no segundo tempo e duas alterações foram decisivas: Rildo e Thiago Galhardo. O atacante, pela esquerda, deu trabalho para a defesa do Macaé com muita movimentação e velocidade no setor ofensivo. O armador, em noite inspirada, fez mais do que Evander. Mas o destaque reserva mais decisivo foi Riascos.

O centroavante, que entrou no lugar de Andrés Ríos, marcou o gol da virada do Vasco depois de muita pressão – sem tanta ordem, é verdade – no fim. Thiago Galhardo, que também se movimentou bastante pelo meio e bagunçou a zaga do Macaé, cruzou da direita para Riascos virar.

A torcida, que antes vaiara, terminou o jogo em São Januário aplaudindo o time e gritando o nome dos jogadores. A atuação, porém, não foi lá essas coisas…

Globo Esporte

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