Análise da atuação do Vasco contra o São Paulo

Sem Rossi, o Vasco da Gama não conseguiu fazer uma boa atuação contra o São Paulo e acabou derrotado por 1x0 no Morumbi.

O irreconhecível Vasco na derrota por 1 a 0 para o São Paulo, nesta quinta-feira à noite, no Morumbi, não contou com um de seus principais jogadores. Rossi, com um problema no tornozelo, desfalcou a equipe comandada pelo técnico Vanderlei Luxemburgo, que não conseguiu superar a ausência. Os resultados da mudança forçada, além da postura cruz-maltina, traduzem o que foi a partida válida pela 35ª rodada do Campeonato Brasileiro.

Rossi treinou durante todo o período de preparação do Vasco para o jogo contra o São Paulo. De quinta-feira da semana passada a quarta-feira desta, mas sentiu o problema no tornozelo justamente no último treinamento da equipe. Por isso, o auxiliar Maurício Copertino, que comandou as atividades durante a ausência de Luxemburgo, não teve tempo para testar opções.

Bruno César foi o escolhido, mudando, também, a forma do Vasco jogar. A alteração não surtiu o efeito imaginado. O São Paulo, em casa, pressionou, e falhas individuais também prejudicaram os planos do Cruz-Maltino.

Veja, abaixo, a análise da derrota do Vasco para o São Paulo:

A falta de Rossi

O atacante, aberto pela direita, costuma ser a principal válvula de escape do Vasco, um time formado para explorar contra-ataques e a velocidade de seus jogadores ofensivos. Sem Rossi, porém, o Cruz-Maltino mudou sua forma de jogar contra o São Paulo. Bruno César, centralizado, não é dos mais rápidos e opta por jogadas mais cadenciadas.

O Tricolor, em casa, pressionou o Vasco e não deu espaço para a troca de passes dos meias cruz-maltinos. A estratégia dificultou a vida dos visitantes, que não conseguiram sair da “armadilha”, já que Marrony, também centralizado, era o único atacante.

Quando recuperavam a bola na defesa, os jogadores da linha defensiva do Vasco (Pikachu, Henríquez, Leandro Castan e Henrique) procuravam os velocistas no ataque, mas a ausência de Rossi diminuiu o poder de contra-ataque da equipe. Assim, os volantes foram mais exigidos, mas a boa marcação do São Paulo não deu espaços.

As alternativas

Além de Bruno César, muito bem marcado pelos volantes do São Paulo, Luxemburgo fez alterações no decorrer da partida para tentar suprir a ausência de Rossi. Valdívia e Felipe Ferreira foram os escolhidos. O primeiro pela esquerda e o segundo, pela direita. Ambos, porém, não conseguiram chegar perto do que o atacante titular costuma apresentar.

Assim, o Vasco continuou sem poder de crianção e sem conseguir achar o isolado e solitário atacante Marrony entre os defensores do São Paulo.

Volantes em noite ruim

A ausência de Rossi não foi o único fator que dificultou a vida do Vasco no Morumbi. Richard, Raul, Guarín e Marcos Júnior, responsáveis pela saída de bola do Cruz-Maltino e pela marcação dos rápidos e habilidosos meias do São Paulo, pareciam não estar numa boa noite.

Os quatro protagonizaram lances de falhas e não conseguiram fazer com qualidade a ligação entre a defesa e o ataque, importante para que Marrony, único e isolado atacante, conseguisse criar chances de perigo para o Vasco.

Falhas individuais

Assim como no empate em 1 a 1 com o Goiás, em São Januário, um lance isolado atrapalhou os planos do Vasco nesta quarta-feira. Ainda aos 5 minutos do primeiro tempo, Richard se atrapalhou ao virar uma bola para Pikachu e deixou a defesa em apuros. Reinaldo cobrou lateral com velocidade, e Henríquez não conseguiu marcar Pablo, que só ajeitou para Antony abrir o placar.

Perdendo, o Vasco teve de se abrir, mas a dificuldade na criação (justamente por causa da noite ruim dos volantes) deixou a equipe sem rumo: não atacava nem defendia. Os jogadores do São Paulo apareciam, a todo momento, no mano a mano com a defesa do Cruz-Maltino. O resultado só não foi pior por causa de dois caras…

Fernando Miguel e Leandro Castan

O goleiro e o zagueiro foram os dois principais jogadores do Vasco, apesar da derrota para o São Paulo. Com boas defesas, Fernando Miguel evitou em pelo menos duas oportunidades o segundo gol tricolor. À frente dele, Castan teve de fazer bons desarmes para não deixar que os atacantes adversários tivessem ainda mais facilidade.

Numa noite de muito pouca inspiração no Morumbi, Fernando Miguel e Leandro Castan mostraram que são peças importantes na espinha dorsal para 2020.

Globo Esporte

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