Carlos Leão detalha caminho para conseguir novas receitas para o Vasco

O caminho para recuperar as finanças do Vasco da Gama passa muito pela austeridade, o que tem sido a principal bandeira levantada pelo presidente Alexandre Campello em sua gestão. No entanto, somente cortar gastos não levará o Clube ao objetivo, pelo menos não a curto prazo.

É necessário também que o Vasco busque novas formas de captar recursos, assim como outros grandes clubes fazem e têm sucesso. O Gigante, como o próprio nome diz, tem um potencial enorme para conseguir novas receitas, por sua grandeza e, principalmente, pelo tamanho da sua apaixonada torcida.

Então como reverter esse cenário? Bom, quem comentou um pouco sobre isso foi o vice-presidente de finanças vascaíno, Carlos Leão. Em entrevista ao canal Atenção, Vascaínos!, reproduzida pelo site Gazeta Esportiva, o dirigente disse que o modelo de patrocínio mudou nos últimos anos, sendo que hoje funciona mais como parceria e não pagando grandes quantias, mas afirmou que o Vascão agora buscará negócios mais lucratórios, uma vez que teve um salto na quantidade de sócios-torcedores.

– O modelo de patrocínio mudou. As grandes marcas não vão dar R$ 30 milhões por ano para colocar a marca na camisa. Hoje, o modelo de patrocínio é o de parceria. Se ele ganhar, nós ganhamos. Fora isso, não podemos mais negociar como era antes, quando tínhamos apenas 9 mil sócios. Temos 180 mil.

Para Carlos Leão, a Vasco TV é uma boa alternativa para conseguir mais receitas. Ele destacou que Alexandre Campello tem valorizado o canal vascaíno no Youtube, que a estrutura precisa ser melhorada, e disse que ele, a médio e longo prazo, poderá transmitir partidas do Gigante, e assim ser uma fonte de recursos financeiros.

– Uma coisa que a gestão Campello tem feito é valorizar a Vasco TV. Temos que melhorar a estrutura da Vasco TV. Acho que em médio e longo prazo poderemos transmitir jogos do Vasco e gerar receita por ai.

Outra fonte de receitas é a bilheteria em dias de partida. Carlos Leão acredita que ela só poderá ser melhorada após a reforma de São Januário, mudanças que possibilitará venda de camarotes, season tickets e cadeiras cativas, sendo que vê a Colina Histórica muito pequena para a sua torcida. O dirigente ainda disse que, enquanto isso não acontece, o Cruzmaltino precisa jogar mais no Maracanã para que o sócio-torcedor tenha a sua estrutura mantida.

– A bilheteria é algo que só poderemos mexer com a reforma de São Januário. Temos que vender camarotes, vender os chamados season tickets, as cadeiras cativas. Hoje, temos um estádio pequeno para o tamanho da nossa torcida. Enquanto isso não vem, o Vasco tem jogar no Maracanã. Temos que jogar mais lá para manter a estrutura do sócio-torcedor.

O grande salto na entrada de novas receitas que o Vasco conseguiu recentemente foi após campanha histórica de associação onde saiu de pouco mais de 30 mil para quase 190 mil sócios-torcedores, entre novembro e dezembro do ano passado. Mesmo com a promoção de Black Friday dando desconto de 50% em todos os planos por 6 meses, o Vascão já conseguiu um acréscimo acentuado de dinheiro na conta, o que ajudou a quitar salários e outras dívidas.

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