Candidatos à presidência do Vasco atuam mesmo com eleição ameaçada

Candidatos à presidência do Vasco da Gama atuam mesmo com a incerteza sobre a eleição, por causa do Coronavírus.

Ainda em março, no início do período de isolamento por conta da pandemia do coronavírus, o UOL Esporte já destacava a ameaça que a quarentena trazia para a execução de duas pautas importantíssimas previstas para 2020 no Vasco: o referendo das diretas e da reforma do estatuto e a eleição presidencial propriamente dita, em novembro. Porém, mesmo com a incerteza de que os temas serão colocados em votação, os supostos pré-candidatos têm aumentado gradativamente suas atuações perante a comunidade vascaína.

Primeiro a se lançar oficialmente, Luiz Roberto Leven Siano mantém sua campanha que se iniciou ainda no ano passado, bem antes da pandemia. Ativo nas redes sociais, o advogado tem alimentado seus canais com vídeos destacando seus projetos para o clube e também tem participado de lives com personalidades cruz-maltinas e perfis dedicados ao Vasco. Na parte financeira, não tem poupado dinheiro doando altos valores em campanhas de financiamento coletivo elaboradas pela diretoria para o centro de treinamento que está em construção em Jacarepaguá (RJ).

Recentemente, quem também lançou candidatura foi Fred Lopes, ex-vice de futebol no início da gestão de Alexandre Campello e ex-vice de patrimônio na gestão de Roberto Dinamite. O empresário, inclusive, sugeriu que os pré-candidatos retirem a candidatura caso se decida pelo adiamento do pleito.

“Quero dizer que isso não passa de um oportunismo barato de algumas pessoas que ainda insistem contra a democracia do nosso clube. Então eu, sob forma de protesto, vou conversar com algumas pessoas do Avante Gigante [seu grupo político] que, caso isso venha a realmente acontecer, sugiro que não só nós, mas todos os outros candidatos que já se pronunciaram como pré-candidatos, venham a retirar a candidatura sob forma de protesto. Nós não podemos aceitar que essa iniciativa vá a frente, algo que já foi amplamente decidido no Conselho Deliberativo e aprovado dentro dos poderes do Vasco”, disse em um vídeo divulgado no Twitter do Avante Gigante.

Em fevereiro, durante a comemoração de seu aniversário, Luis Manuel Fernandes praticamente chancelou sua candidatura à presidência. Ex-presidente do Conselho Deliberativo na gestão Eurico Miranda, o grande benemérito carrega em seu currículo ter sido secretário-executivo do Ministério do Esporte (gestão Dilma) — durante a preparação para a Copa do Mundo de 2014 — e secretário-executivo do Ministério da Ciência e Tecnologia (gestão Lula).

Mês passado, pediu em seu Twitter uma trégua nos conflitos políticos do Vasco e união no combate ao coronavírus:

“Em momento que é de grande comoção e incerteza, faço um apelo aos vascaínos, em particular aos que pretendem ter participação ativa nas próximas eleições do clube, que deixemos as disputas eleitorais de lado. Concentremos esforços e energia na mobilização dos torcedores, sócios e profissionais do clube para enfrentar e superar a crise gerada pela pandemia do Covid-19.”

Candidato nas últimas duas eleições, Julio Brant afirmou em live no Instagram com o humorista vascaíno Bruno Mazzeo, na semana passada, que irá se candidatar novamente. Em 2017, chegou a vencer entre os sócios numa aliança com Alexandre Campello, mas o atual mandatário decidiu romper a parceria no pleito no Conselho Deliberativo e acabou se tornando presidente ao juntar os votos de seus correligionários com os do ex-presidente Eurico Miranda.

“Eu serei candidato. Estarei liderando o grupo sem dúvida nenhuma. Vamos anunciar isso em breve, mas sem dúvidas estarei liderando o grupo. É natural”, disse na live.

Campello ainda não confirmou candidatura

Atual presidente, Alexandre Campello ainda não confirmou oficialmente sua candidatura para tentar a reeleição, embora sejam razoáveis as chances de que isso aconteça. O dirigente, porém, prefere ainda aguardar o desenrolar e os acontecimentos da temporada para lançar seu nome.

Vale ressaltar que, ao longo de sua gestão, o mandatário perdeu uma grande parte de sua base de apoio, com grupos políticos que decidiram deixar a diretoria, algo que o enfraqueceu politicamente.

Cabe ainda lembrar que, por conta da pandemia do coronavírus e a recomendação dos órgãos de saúde para evitar aglomerações, a eleição poderá ser adiada e sua gestão estendida por motivos de força maior. Outra opção seria a nomeação de uma diretoria transitória até o retorno da normalidade e execução do pleito.

Uol

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