Associação de Organizadas critica governador e suspensão de torcidas no Rio

Anatorg fez diversas críticas à decisão do governador Cláudio Castro que suspendeu a Força Jovem do Vasco da Gama e outras torcidas.

Bandeirão da FJV em treino do Vasco em São Januário
Bandeirão da FJV em treino do Vasco em São Januário (Foto: Tébaro Schmidt)

A Associação Nacional das Torcidas Organizadas (Anatorg) publicou uma nota com críticas à atuação do governador do Rio de Janeiro Cláudio Castro no debate sobre violência no futebol e também às punições impostas a algumas torcidas dos clubes cariocas.

Foi realizada, hoje (10), uma reunião para discutir a segurança nas semifinais do Campeonato Carioca. Estiveram presentes integrantes do governo do Rio, Tribunal de Justiça, Ministério Público, Polícia Militar, Federação de Futebol e representantes de Flamengo, Fluminense, Vasco e Volta Redonda.

Volta Redonda e Fluminense se enfrentam no domingo, no Raulino de Oliveira, e o segundo jogo será no dia 18 ou 19, no Maracanã.

Vasco e Flamengo vão duelar na segunda no Maracanã. A volta será no dia 18 ou 19, no mesmo estádio.

A Anatorg diz que ”proibir as Torcidas Organizadas de frequentarem os estádios, não vai coibir os problemas que ocorrem longe dos campos de futebol”.

Ressalta ainda que ”defende a punição e responsabilidade jurídica, individual, no CPF do cidadão que cometer qualquer tipo de crime, conforme o código penal”.

No encontro entre os órgãos ficou definido também que os membros de organizadas que se envolveram em brigas serão enquadrados como ”organização criminosa” e que os clubes não podem mais ceder ingressos às organizadas.

Após a reunião, Claudio Castro afirmou que ”Raça Rubro-Negra, Jovem Fla, Força Jovem, Young e Fúria estão proibidas de frequentar jogos por tempo indeterminado”. O TJRJ determinou a punição na última terça-feira.

A Anatorg e organizadas de Flamengo e Vasco já haviam contestaram a ação da Polícia Militar no clássico entre Flamengo e Vasco, em que houve confusão. Em nota divulgada na última segunda-feira, dia seguinte ao duelo, questionaram ”Por qual razão, não havia policiamento na passarela que separa as duas vias, permitindo assim, que houvesse o encontro dos torcedores?”.

Apesar da presença do MPRJ, que indicou avaliar pedir à Justiça clássicos com torcida única, o tema não chegou a ser analisado. Governo, federação e clubes não se mostram favoráveis à medida.

Houve uma reunião de membros da Anatorg e advogados na Ordem dos Advogados do Brasil do Rio de Janeiro nesta tarde. O encontro foi registrado e publicado em redes sociais, e contou com a presença de José Luís Ferrarezi, secretário nacional de Futebol e Direitos do Torcedor do Ministério do Esporte.

”Esse é um debate muito importante, e está em uma de nossas diretorias, que é a do Estatuto do Torcedor. Esse debate tem de vir para o Governo, um debate nacional. As torcidas têm importância para o futebol. Não podemos afastar o torcedor, mas isso é um problema de segurança. Há a questão da violência e o quanto isso prejudica [o espetáculo], mas isso tem de ser encarado e discutido pelo Governo Federal, Estadual, Forças de Segurança… É um momento de buscar diálogo, união das torcidas, CBF e forças de segurança”, disse, ao UOL.

Veja nota da Anatorg

”A Anatorg – Associação Nacional das Torcidas Organizadas vem a público, em face às punições que supostamente o Governador do Estado do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, na sexta-feira, (10/03), diz ter imposto às seguintes instituições: Força Jovem do Vasco, Raça Rubro-Negra, Torcida Jovem do Flamengo, Fúria Jovem do Botafogo e Young Flu.

Diga-se ‘supostamente’, porque não é atribuição do Governador, mas sim do judiciário, por meio de processo judicial.

Governador Cláudio Castro, vamos aos pontos:

  • As Torcidas Organizadas em questão, não foram chamadas para a reunião no Palácio Guanabara, em que os clubes, a Ferj, o Comando da Polícia Militar, Civil, e Órgãos Públicos, debateram a possibilidade de torcida única.
  • Proibir as Torcidas Organizadas de frequentarem os estádios, não vai coibir os problemas que ocorrem longe dos campos de futebol.
  • Há anos não se tem registro de maiores problemas dentro dos estádios, até porque, os mesmos foram remodelados, isolando as Torcidas Organizadas.
  • A Anatorg e as Torcidas Organizadas defendem a punição e responsabilidade jurídica, individual, no CPF do cidadão que cometer qualquer tipo de crime, conforme o código penal.
  • Reiteramos que os CNPJS das Torcidas Organizadas não estarão presentes nas semifinais e finais do Campeonato Carioca.
  • Governador, não criminalize as Torcidas Organizadas e não generalize o torcedor como criminoso. Infelizmente, todo grupo na sociedade tem o seu mau exemplo.
  • O posicionamento particular do Governador fere a separação dos Poderes, garantidos pela Constituição Federal.
  • Governador, por fim, esta nota é a fala de mais de 5% da população do Estado do Rio de Janeiro, que é ou já foi de Torcida Organizada.

Sem mais. Fale conosco, não sobre nós! Anatorg”.

Fonte: Uol

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