Associação de executivos rebate críticas de Euriquinho a Rodrigo Caetano
A associação da classe, Abex manifestou sua total contrariedade à opinião do filho de Eurico Miranda, o Euriquinho.
Tal pai tal filho. A primeira entrevista que Eurico Brandão, o Euriquinho, filho do presidente do Vasco concedeu, publicada nesta quinta-feira pelo GloboEsporte.com repercutiu muito mal entre os diretores executivos de futebol. A associação da classe, Abex, fundada em 2011, procurou o blog para responder e manifestar “total contrariedade à opinião do filho do presidente do Vasco”.
Euriquinho, que não tem cargo remunerado e atua como espécie de executivo de futebol do clube, bateu forte em Rodrigo Caetano, ex-diretor do Vasco. Ao defender dirigentes “amadores” para os clubes, o filho de Eurico declarou:
– O profissional não está preocupado com isso, ele tem que mostrar resultado imediato para renovar o contrato dele ou para seguir para outro clube. É como o treinador. O que ele quer? Quer que sempre que se contrate cada vez mais. Claro, o time fica forte e ele pode andar. Agora, a responsabilidade em relação ao ano seguinte, o outro ano e o outro ano é do cara amador. O amador vai ficar no Vasco, não vai para o Flamengo, como é o caso do Rodrigo Caetano
Vale lembrar que Paulo Angioni, atual gerente de futebol do Vasco, é membro da Abex. Abaixo, a íntegra da nota do presidente da associação, Ocimar Bolicenho.
– A Associação Brasileira dos Executivos de Futebol vem a público manifestar sua total contrariedade à opinião do filho do Presidente do Vasco da Gama divulgada na data de hoje sobre a conduta dos profissionais do futebol. É importante esclarecer, a bem da verdade, que nenhum profissional tem autonomia e alçada para realizar contratações e/ou qualquer outro tipo de despesas que desrespeite o orçamento do Clube. Cabe ao dirigente estatutário, que é chamado de amador pelo dirigente que concedeu a entrevista, a palavra final até porque é ele quem vai assinar os contratos e a documentação pertinente.
– Também não corresponde à verdade que o profissional não se importa com o futuro do Clube. Basta verificar a situação dos centenários clubes brasileiros que até agora foram geridos pelas decisões de seus dirigentes estatutários. A ABEX como instituição prega a seus afiliados que o Clube deve sempre ser preservado e respeitado em qualquer tomada de decisão que envolva o cotidiano do profissional. A orientação institucional é de que todos tenham o máximo cuidado para que as finanças não sejam comprometidas. Acreditamos também que a profissionalização do futebol brasileiro é a única esperança de vermos nosso futebol no lugar que merece. Para isso será necessário um “grande entrosamento” entre o dirigente estatutário eleito pelo Clube e o profissional contratado para gerir o departamento de futebol. Acreditamos piamente nisso e iremos continuar lutando para que os clubes brasileiros sejam mais respeitados e movidos pela razão ao invés de serem tratados exclusivamente com a emoção”
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