Árbitro relata na súmula não ter observado injúrias raciais contra Hugo Souza
O árbitro do jogo Vasco x Flamengo relatou na súmula que não observou injúrias raciais contra o goleiro do Hugo Souza.
O árbitro Thiago Dias Paes Raimundo relatou na súmula não ter observado injúrias raciais contra o goleiro Hugo Souza, do Flamengo, já na parte final da decisão do Campeonato Carioca sub-20, na última quarta-feira, em São Januário. Nos acréscimos da partida, o jogador se dirigiu a arbitragem para relatar gritos de “macaco” vindos das cadeiras sociais, onde os torcedores do time da casa estavam.
Em campo, o Fla empatou por 1 a 1, mas ficou com o título após a vitória por 2 a 0 no jogo de ida, no Estádio Luso-Brasileiro. Após a partida, Hugo deu entrevista para os canais oficiais do Flamengo e relatou o episódio.
– Feliz por mais um título dentro de São Januário, mais um bom desempenho da equipe e individual. Triste pelo ocorrido no final. Uma semana dura, jogo contra o Corinthians o que aconteceu ali no fim (o goleiro levou um soco) e hoje um fato que tem acontecido nos últimos dias mais triste. Saber perder faz parte do futebol. Jogar em São Januário contra um time como o Vasco, que, como o Flamengo, vem de dentro da favela também. Torcedores que fazem o que fizeram, com essa atitude inadmissível. Me chamaram de macaco mais de uma vez. Não tenho por que inventar isso – disse, às redes oficiais do Flamengo.
Em nota oficial, o Vasco afirmou considerar impensável que seus torcedores proferissem insultos racistas.
– É importante ressaltar, sobretudo, os inúmeros relatos nas mídias digitais de torcedores presentes nas Sociais negando ato ou grito de cunho racista contra o goleiro Hugo ou qualquer outro jogador. Este é um tema extremamente caro ao Vasco. O pioneirismo no combate à intolerância racial é sabidamente motivo de orgulho para o Clube e sua torcida. O Vasco e sua história não toleram qualquer tipo de preconceito, seja de que natureza for. O Clube e seus torcedores não permitem a presença de racistas em seu convívio. Portanto, conhecendo-se o vascaíno, é impensável que qualquer pessoa proferisse um insulto racista nas dependências de São Januário sem que isso causasse revolta e fosse repudiado pelos próprios torcedores ao redor – diz um trecho da nota.
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