Andrés Rios e Leo Valencia ainda devem bom desempenho aos rivais
Disputados por Vasco e Botafogo, Andrés Rios e Leo Valencia ainda não conseguiram ter boa sequência nos clubes.
Não faltou muito para que Botafogo e Vasco entrassem em campo, hoje, às 16h, no Nilton Santos, pela última rodada da Taça Rio, com os gringos trocados. Valencia com a cruz de malta no peito, Ríos ostentando a estrela solitária, tudo isso teria acontecido se os rivais não tivessem trocado balões na contratação dos dois jogadores no ano passado. Coincidência ou não, depois de tanto esforço dos clubes para trazê-los, a sensação é de que os dois reforços ainda precisam mostrar mais para convencer que valeu a pena.
Em São Januário, o interesse por Valencia foi real. Nenê, às turras com diretoria e comissão técnica, precisava de um substituto. Inicialmente o chileno não agradou aos dirigentes, mas a torcida comprou a ideia e fez o Vasco negociar sua vinda. Entretanto, o clube tratou com os agentes errados. O Botafogo deu o tiro certo e levou o jogador, valorizado depois de disputar a Copa das Confederações com o Chile.
Com a contratação, o Botafogo ganhou apenas o gostinho de ter batido o tradicional rival nos bastidores. Isso porque o início de Valencia em campo foi aquém do esperado. Jogou pouco com Jair Ventura e foi criticado abertamente pelo ex-treinador alvinegro. Neste ano, Alberto Valentim tem tido um pouco mais de boa vontade com o meia chileno, que comemora.
— Agora, estou ajudando o Botafogo numa situação diferente: jogando. Jogador precisa de muita confiança para entrar em campo e poder fazer as coisas bem — disse Valencia, que fez seu primeiro gol pelo time apenas depois de 22 jogos, na estreia de Valentim em 22 de fevereiro.
Andrés Ríos não levou tantas partidas assim para balançar as redes pelo Vasco (seis vezes), o que pode ser considerado natural, uma vez que é atacante. Mas os questionamentos que Valencia sofreu no alvinegro, o argentino conheceu bem em São Januário. Talvez fosse diferente se tivesse mantido a palavra dada ao Botafogo, com quem já estava acertado. Porém, a proposta financeiramente superior do Vasco fez com que os planos mudassem. Na Colina, virou titular na falta de outros centroavantes, sempre questionado pelos poucos gols que marcou.
— A primeira cobrança vem sempre de mim, mas pelo menos estou ajudando a equipe de outras formas, marcando, abrindo espaços — afirmou o argentino, que hoje trava disputa com Riascos pela posição e tem possibilidades remotas de ser titular no clássico de hoje.
Enquanto Valencia e Ríos seguem atrás de afirmação nas equipes, Botafogo e Vasco fazem cálculos para saber do que precisam para se classificar para a semifinal da Taça Rio. O Botafogo não depende apenas de si — está em terceiro lugar no grupo C, atrás da Portuguesa por um gol no saldo.
— Se vencermos o jogo, estaremos classificados, é no que eu acredito. Não estamos pensando em outros jogos, conversei com os jogadores — frisou Valentim.
Apesar da confiança de Valentim, uma vitória não garante a classificação. Se Botafogo e Portuguesa, que enfrenta o Flamengo, vencerem , a vaga será decidida no saldo de gols.
Já o Vasco chega um pouco mais tranquilo e se classificará em primeiro lugar em caso de vitória. Líder do grupo B, com 10 pontos, a equipe só pode ser ultrapassada por Flamengo ou Cabofriense, ambos com nove pontos. Se um dos dois não vencer, o clube e São Januário estará na semifinal mesmo com derrota.
— Dependemos apenas de nós. Se fizermos a nossa parte, avançamos — resumiu o lateral-direito Yago Pikachu.
O Globo Online