Adilson Batista relembra final do Carioca de 2014, “roubado” contra o Urubu

O técnico Adilson batista relembrou a final do Campeonato Carioca contra o Flamengo em 2014, onde o Vasco foi roubado.

“Vamos aguardar”. O bordão não parece ser mais tão frequente no vocabulário do técnico Adilson Batista. A frase que marcou a carreira do comandante no passado deu lugar a algo menos enigmático. Aos 50 anos, o treinador que tem a missão de manter o América-MG na Série A do Brasileiro trabalha de forma mais direta. De 2015 a 2018, teve um hiato na carreira. Antes do Coelho, o último trabalho havia sido no Joinville, de onde saiu após 10 jogos. Durante a pausa, fez cursos, observou treinadores mais de perto e clubes mundo afora, principalmente os alemães. O que ele busca colocar em prática neste retorno ao futebol mineiro.

Adilson Batista recebeu o GloboEsporte.com para contar sobre a passagem por vários clubes do futebol brasileiro e falou sobre bronca no Rio de Janeiro, arrependimento em Minas Gerais e no Sul, erros e decepções em São Paulo.

A retrospectiva profissional de Adilson tem um tópico importante no Vasco da Gama. O treinador assumiu o clube no fim de 2013. O objetivo era único: livrar a equipe do rebaixamento. Ele não conseguiu fazer com que os cariocas escapassem da degola, mas teve o contrato renovado pela diretoria, que considerou o trabalho promissor.

No Campeonato Carioca de 2014, enfrentou erros de arbitragem em dois jogos contra o Flamengo. No primeiro turno, em duelo no Maracanã, o Rubro-Negro venceu por 2 a 1. No fim do jogo, o meia Douglas, hoje no Grêmio, cobrou falta, a bola bateu no travessão e entrou, mas o juiz e os auxiliares não deram gol. Na final, em outro encontro entre os dois times, o Flamengo levantou o caneco com gol de Márcio Araújo em posição de impedimento. Equívocos da arbitragem ainda incomodam.

– Fiz um ótimo trabalho no Vasco. Perdemos roubado, roubado, roubado (sobre a final do Carioca 2014 contra o Flamengo). Foram três eleições lá. Você sabe como é o clube vivenciando eleições. O aspecto financeiro com dificuldade enorme.

– Mas estava bem controlado com o Caetano (Rodrigo Caetano, então diretor de futebol), Ricardo Gomes (diretor técnico à época), e com a gente gerenciando no campo. Fui prejudicado no turno e fui prejudicado na final.

A saída de Adilson do Vasco se deu no Campeonato Brasileiro. Uma goleada em São Januário resultou no adeus do técnico, que garante ter “pedido o boné” após o resultado.

– Tivemos algumas lesões que fizeram reiniciar o Brasileiro com dificuldade. Concordo que se você tem o título e um suporte, ficaria mais tempo. O trabalho foi bom. Se você perguntar aos profissionais no Rio de Janeiro, vai todo mundo dizer. Contra Botafogo, Fluminense e Flamengo, nós, com poder aquisitivo menor, jogamos melhor.

“Fomos prejudicados lá. Depois de uma derrota por 5 a 0 para o Avaí, eu pedi para sair. Vivenciei algumas situações que não convém comentar, mas disse que não queria mais. Falei que iria embora.”

Globo Esporte

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