Abel e Campello convivem com vaias da torcida por início ruim do Vasco

Abel Braga e Alexandre Campello convivem com vaias após não conseguir melhorar a situação do Vasco na temporada.

São três vitórias, três derrotas, quatro empates, apenas sete gols marcados e sete sofridos. Uma eliminação precoce na fase de grupos da Taça Guanabara e classificações na “bacia das almas” na Copa do Brasil e Copa Sul-Americana contra os modestos Altos (PI) e Oriente Petrolero (BOL), respectivamente. O início sem engrenar do Vasco tem custado caro à dupla Abel Braga e Alexandre Campello, que convive com vaias constantemente.

Não foi diferente ontem (29), por exemplo, no frustrante empate em 1 a 1 com o Resende, na estreia na Taça Rio, após dez dias somente treinando. Abel foi xingado ainda no primeiro tempo, logo após o gol do time mandante, que abriu o placar. As críticas se estenderam também no segundo tempo.

No caso de Campello, os xingamentos aconteceram ao final da partida, onde o dirigente ainda tentou dialogar com alguns torcedores mais próximos ao seu camarote. Na ocasião, o conselheiro Carlos Leão, que está para ser empossado como vice de Finanças do clube, chegou a discutir asperamente com um deles, sendo contido pelos demais que estavam no local.

As críticas a Abel têm sido, em sua maioria, ao padrão tático ainda não apresentado pela equipe e também algumas opções de escalação, insistindo em alguns jogadores com pouco prestígio junto ao torcedor. As vaias ao treinador o acompanham em praticamente todos os jogos, incluindo o seu de estreia, contra o Bangu, em São Januário, pela Taça Guanabara.

” O torcedor chega aqui num sábado à noite, chovendo, e não vê a atuação que ele queria, não vê uma vitória, então ele tem todo direito. Isso é futebol. Vou ser sincero, eu não esperava nunca ter a atuação que teve hoje. E teve uma atuação muito ruim”, disse após o empate com o Resende.

Para piorar o ambiente ruim, os jogadores ainda mantém o protesto de não concederem entrevistas em função dos salários atrasados.

Abel Braga e Alexandre Campello

O Vasco deve aos jogadores dezembro, janeiro, 13º (segunda parcela), férias e direitos de imagem. E aos funcionários dezembro (quem recebe acima de R$ 1,8 mil), janeiro, 13º e férias.

Campello retornou na última sexta-feira de viagem à Europa com a família. Durante este período, o dirigente, por exemplo, não compareceu ao Conselho Técnico da CBF que discutiu o próximo Campeonato Brasileiro. Na ocasião, foi definida a tabela e algumas regras importantes como, por exemplo, o veto à venda de mandos de campo, uma prática comum do cartola nos últimos dois anos. O diretor-executivo de futebol, André Mazzuco, representou o Vasco.

Sua ausência neste período conturbado foi criticada por opositores.

Uol

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