10 anos: o ‘looping’ eterno de um Vasco que não consegue sair de 2011

A nostalgia está sempre presente na mente das pessoas. Ele remete tempos bons, alguns que nunca voltarão, portanto, na maioria das vezes, é visto de forma mais ‘romantizada’. O problema, entretanto, é quando o sentimento domina e faz com que a pessoa deixe de olhar para frente.

É o caso do Vasco da Gama quando o assunto é a Copa do Brasil de 2011, que está fazendo 10 anos nesta terça-feira (08). Não tem problema algum guardar carinho daquela época, mas a impressão que passa é de que os vascaínos ficarão presos para sempre nessa conquista. A culpa disso, porém, não é deles. É do Gigante!

O que causou isso foram anos de irrelevância que não condiz com a história do Vasco. Sobrou apenas a saudade. O mesmo serve para outros tempos de glória, como o fim da década de 90 e início de 2000, quando o Cruzmaltino venceu tudo. De 2011 para cá, então, foram temporadas de lamentação e pouquíssimo do que comemorar.

Nesse meio tempo, foram apenas dois Estaduais e três rebaixamentos à Série B, o que fez o Vasco numa condição inédita em sua história, chegando a ser preterido por jogadores diante de clubes de menor expressão. Tudo isso e um pouco mais foi resultado de anos de gestões péssimas, que fizeram com que o Clube parasse no tempo.

Já são 10 anos…

Se por um lado é satisfatório relembrar o momento especial, por outro preocupa pelo simples de fato de ter sido o último momento de glória do Clube. Afinal, já se passaram 10 anos, não é mesmo? Para um Vasco esse tempo é uma eternidade. O que agrava essa situação é que não são apenas tempos inglórios, sabáticos, vem somado com anos de mediocridade seja esportiva, administrativa e política.

Este que lhes escreve comemorou que nem louco aquela Copa do Brasil. Foi sem igual. Mágica. Porém, é preciso seguir em frente, e não é isso que tem acontecido. Até quando o vascaíno viverá de lembranças? Como se costuma dizer: “Quem vive de passado é museu”. Ele é belo, precisa ser preservado, lembrado, exaltado, mas não deve ser a única coisa a ser dita daqui em diante.