Vasco tenta minimizar impactos da pandemia nos funcionários
O setor psicossocial do Vasco da Gama desenvolve um projeto para minimizar os impactos da pandemia nos funcionários.
A pandemia de COVID-19 resultou em problemas financeiros, de calendário e muito do que já é sabido para os clubes. Mas os jogadores e funcionários das instituições também são abalados, no futebol e fora dele, por efeitos na saúde mental e na rotina social. Neste contexto, o Vasco desenvolve um projeto que tenta minimizar tais impactos.
O setor psicossocial atende a atletas de diferentes esportes e categorias do clube, como o futebol masculino de base, o futebol feminino e o remo. A segunda vice-presidente cruz-maltina, Sonia Andrade, lidera o projeto, que engloba assistência social, a pedagogia e a psicologia.
O relatório das ações desenvolvidas pelo setor detectou que, assim como da porta para fora, no clube também há colaboradores e respectivos familiares com diferentes níveis de angústias. Estas são causadas por incertezas sobre o futuro, por dificuldades para manter o isolamento social (pelas características da comunidade) e vão até ansiedade, depressão e crise do pânico.
As ações, desenvolvidas por Iara da Costa, Fábia Ferreira, Margaret Portella e Karla Letra, neste 2020, vão de atendimentos psicológicos e pedagógicos internos até orientações para a obtenção de auxílio financeiro governamental. E de acordo com Sonia Andrade, o setor deve ter continuidade, independentemente do fim da pandemia e do vencedor da próxima eleição.
– À medida que os problemas iam se apresentando, o setor psicossocial ia acolhendo e resolvendo. O setor começou a ser visto como de acolhimento e de ajuda para todos que sofreram, nesse período, qualquer tipo de violação de direitos. Com isso, espero que independente do resultado das eleições do fim do ano do Vasco, que este setor perdure para sempre dentro do clube – afirmou a dirigente, que completou:
– O futebol é um dos maiores espetáculos da Terra, mas precisamos olhar para essas pessoas que ajudam a construir toda a estrutura do futebol e valorizar essas profissionais que são essenciais para esse mundo: assistentes sociais, psicólogas e pedagogas – valorizou, em contato com o LANCE!.
No caso do futebol profissional masculino, as ações são lideradas por Maíra Ruas. Vale lembrar que o trabalho psicológico estava na cartilha distribuída aos jogadores. Maíra explica que o monitoramento seguiu mesmo no período sem atividades no clube.
– Durante a pandemia (que continua), nas férias dos atletas, fiz um monitoramento dos atletas remotamente. Desde quando voltamos aos treinos, o acompanhamento está sendo feito por videoconferência. O retorno está sendo excelente – celebra.
Lancenet