Maria Vitória detalha trajetória vitoriosa e revela que não recebe há 6 meses

Mesmo tendo suas origens voltada para o remo, e marcado pelo sucesso histórico no futebol, o Vasco da Gama abrange as mais diversas modalidades esportivas e paradesportiva. A última citada, no entanto, está paralisada por decisão da diretoria e os atletas estão sem clube no momento. 

Falando na variedade das modalidades no Vasco, uma delas será pauta nesta matéria: o atletismo. A personagem é a vascaína Maria Vitória, de 20 anos, atleta do salto triplo e salto em distância, sendo que a 1ª citada é hoje a sua prova específica. Ela, inclusive, está em São Januário desde 2011. 

A conhece? Se ainda não, chegou a hora. Em contato com o repórter Willams Meneses, do site Vasco Notícias, Maria Vitória contou um pouco da sua trajetória no Vascão. A atleta contou detalhes desde a sua chegada, até as conquistas que já conseguiu ao longo da sua carreira, e não foram poucas, mesmo ainda tão jovem.

– Eu cheguei ao Vasco em 2011. Fiz o teste lá no Célio de Barros com professora Solange. Aos 13 anos eu fiz minha primeira viagem, para o Brasileiro escolar na prova do Salto em distância. Fui para Natal, lá eu fui Campeã Brasileira Escolar com 5,20m no salto em distância, me classifiquei para os jogos Sul-americanos escolares na Argentina, fiquei em 6º lugar no Sul-Americano. Tenho títulos estaduais em todas as categorias. Em 2015, fui campeã Brasileira no Salto triplo e no Salto em distância. Em 2017, fui campeã Brasileira do salto triplo. Em 2019, fui vice-campeã Brasileira do salto triplo. Campeã sul-americana do salto triplo em 2019. Campeã Brasileira universitária do salto triplo e salto em distância, com recorde na prova do salto em distância. Terminei em 1º lugar do ranking ano passado sub-20. Fiquei em 5º lugar das melhores do Brasil adulto no Troféu Brasil ano passado. Minha melhor marca no salto triplo é 13.02m. 

Na sequência da conversa, Maria Vitória contou um problema que vem passando. Segundo a atleta, o Vasco não paga há 6 meses a ajuda de custos, dizendo que não tem condições de manter, o que a está fazendo passar por um momento delicada, ela que mora de aluguel com a mãe. A vascaína contou que está recebendo apenas uma ajuda de sócios do grupo ArquibaVasco. 

– No momento nenhuma. Há muito tempo que não recebo. Por conta própria (banca o espaço para treinar na Vila Olímpica Mato Alto). O que eu recebia antes era uma ajuda de custo. Hoje em dia não recebo nada. Há 6 meses o Clube parou de pagar, disse que não tinha condições de manter. Está bem complicado porque eu moro com minha mãe e pagamos aluguel. Quem me ajuda é um grupo de sócio do ArquibaVasco. Mas o Clube não me ajuda em nada. 

Mesmo com os problemas, Maria Vitória pretende seguir no Vasco. Ela contou quais são os seus planos para a sequência da carreira, destacando o desejo de estar entre as melhores mundo, e disputar mais competições nacionais e continentais, além das Olimpíadas, e superar sua marca pessoal. A vascaína ainda destacou sua gratidão pelo Gigante e pelos sócios que a ajudam em viagens para disputar competições. 

– Ser uma atleta Olímpica, está entre as melhores do mundo. Esse ano teríamos o campeonato brasileiro sub-23 e o sul americano meu objetivo era essas competições. E melhorar minha marca pessoal. Tenho relação de gratidão com o Vasco. Gratidão pelos sócios que me ajudam, que me proporcionaram fazer minha viagem ano passado para o Brasileiro, lá me classifiquei para o sul-americano, e conquistei minha primeira medalha internacional.

Ainda muito jovem, Maria Vitória tem uma longa trajetória pela frente e espera-se que seja de muitas conquistas, assim como vem sendo desde o começo da carreira, ela que sonha em fazer parte do quadro olímpico brasileiro e estar entre as melhores do mundo. A atleta é um orgulho para o Vasco e sua torcida, que merece ser valorizada com todo o apoio preciso que é, mas que está em falta atualmente.

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