Campello cita pandemia ao falar sobre possível saída de Marrony via Justiça
O presidente do Vasco, Alexandre Campello, crê que a Justiça levaria a pandemia em consideração para decidir sobre rescisão.
Diante da possibilidade de uma saída através de ação na Justiça, o Vasco da Gama pagou salários e direitos de imagem de Marrony que estavam em atraso, evitando com isso que o atacante deixe o Clube para ir para o Atlético-MG sem custos.
Em entrevista à ESPN na última terça-feira (09) o presidente do Vasco, Alexandre Campello, se manifestou sobre o caso. O mandatário vascaíno reconheceu que é o direito do jogador entrar na Justiça, mas crê que a situação que o mundo se encontra, com a pandemia de Coronavírus, pesaria na decisão do juiz em conceder ou não a rescisão de contrato.
– Entrar na Justiça é o direito de qualquer um. Ela está aí justamente para isso, para resolver as questões onde existem divergencias. A gente tem o entendimento, claro, a lei diz que o atleta depois de 90 dias de atraso tem direito de rescisão, mas como qualquer lei ela precisa ser interpretada. Nós estamos vivendo um momento de pandemia, e só dela já temos 3 meses que não entram recursos por motivos alheios à nossa vontade. Estamos vivendo um momento de crise, de recessão, e eu acho que o judiciário deve pesar isso, se é que isso vai acontecer com ele ou qualquer outro atleta. Eu acho que qualquer juiz vai pensar, vai entender qual é o momento, e vai analisar os fatos baseado no momento atual. Mas, obviamente, a gente não vai liberar os nossos ativos simplesmente porque a gente está precisando de dinheiro. Deve existir um equilíbrio entre a necessidade de cobrir o caixa e aquilo que a gente entende que o atleta, que é um ativo, um bem do Clube, vale. Esse é o exercício que temos que fazer todos os dias.
O Vasco depositou cerca de R$ 800 mil na conta de Marrony, o que pagou os salários de fevereiro, março e abril deste ano, além de direitos de imagem desde setembro do ano passado. Enquanto isso, boa parte do elenco e funcionários receberam apenas o valor de janeiro, o que ainda matém a possibilidade de que outros jogadores saiam através da Justiça.
Agora sem a possibilidade de rescisão por meio da Justiça, o Vasco segue negociando com o Atlético-MG a venda de Marrony. Os valores giram em cerca de R$ 20 milhões e o que está impedindo um desfecho da negociação é a forma de pagamento. A equipe mineira pretende pagar de forma parcelada, e o Gigante só quer receber o valor à vista.
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