Pedrinho relembra título Brasileiro do Vasco em 97 e exalta Carlos Germano
O ex-jogador Perdinho relembrou a conquista do Brasileiro do Vasco da Gama em 1997 e destacou atuação de Carlos Germano.
É dia do torcedor do Vasco matar a saudade. Nesta terça-feira, a faixa ‘Recordar é Viver’, do SporTV, reprisa as emoções de três jogos que marcaram a conquista do terceiro título brasileiro cruz-maltino, em 1997. Os jogos serão exibidos nesta terça-feira, dia 9, às 16h, começando com a goleada por 4 a 1 contra o Flamengo, pela semifinal, e encerrando com as decisões contra o Palmeiras, no Maracanã.
Ao GLOBO, o ex-meia do Vasco em 1997, Pedrinho, rasgou elogios ao goleiro Carlos Germano, considerado por ele um dos principais heróis da conquista. Entre mais detalhes, falou também sobre a sua adaptação no elenco profissional e curiosidades da campanha.
— As duas partidas foram muito duras e, no segundo jogo, o jogo do título, no Maracanã, sofremos muito. Levamos alguns sustos, tanto que o Carlos Germano foi um dos principais jogadores em campo naquela tarde — conta o atual comentarista do Esporte da Globo.
Você e Felipe estavam recém-promovido ao elenco principal. Como foi a adaptação e a sensação de já bater campeão logo de cara?
Foi muito tranquila, porque tínhamos vários anos de Vasco e de São Januário e já éramos conhecidos desde as categorias de base. A comissão técnica e os jogadores também nos conheciam. A adaptação foi muito fácil.
Naquele ano, o Vasco apostou em nomes experientes como Mauro Galvão e Evair e em revelações do Campeonato Carioca, como Odvan e Nasa. Acredita que essa nova visão de incorporar o elenco foi decisiva para montar a equipe para os anos de ouro que viriam a seguir?
Essa junção foi perfeita. Jogadores como Carlos Germano, Mauro Galvão, Edmundo, Luizinho eram muito responsáveis e tornaram ainda mais fácil a nossa adaptação. Eram mais experientes, nos abraçaram e ensinaram muita coisa.
Um dos jogos mais lembrados pelos vascaínos naquela campanha de 1997 aconteceu na segunda fase do Brasileirão. A goleada de 4 a 1 sobre o Flamengo, no Maracanã. O quanto aquele jogo foi marcante para o elenco?
Esse jogo foi importantíssimo, um retrato do que foi a temporada de 1997 do Edmundo, sendo extremamente decisivo em quase todos os jogos. Ele tinha uma responsabilidade técnica muito grande e, especialmente em jogos contra o Flamengo, parecia que tinha sempre um algo a mais. Os três gols daquela noite, que representaram o então recorde da artilharia, foram bem marcantes para todos nós e decisivos para a concretização do título. Legal demais poder rever esses jogos no ‘Recordar é Viver’ do SporTV e perceber o quanto os atletas tinham autonomia para tomadas de decisão, principalmente no ataque.
Expulso na primeira partida da final, Edmundo, artilheiro do campeonato, não deveria jogar a grande decisão. Mas o camisa 10 foi absolvido pelo Tribunal Especial da CBF, por 6 votos a 1, da acusação de agressão ao zagueiro Cléber e ofensa ao árbitro Antônio Pereira no jogo de ida. Acredita que esse foi o ponto chave para definição do título?
Essa situação acabou sendo o foco dos dois jogos. Mas no segundo jogo, o Carlos Germano foi crucial para que saíssemos do Maracanã com o título. Ele foi muito decisivo.
O Vasco foi beneficiado nas finais contra o Palmeiras por ter melhor campanha nas primeiras fases. O quanto foi benéfica saber dessa vantagem?
Quando atuávamos fora de casa, nossa característica era esperar um pouco mais o adversário e explorar os contra-ataques. As duas partidas foram muito duras e, no segundo jogo, o jogo do título, no Maracanã, sofremos muito. Levamos alguns sustos, tanto que o Carlos Germano foi um dos principais jogadores em campo naquela tarde.
Qual o momento que você guarda com maior carinho daquela campanha?
Logo no início do campeonato, quando fiz o gol da vitória contra o São Paulo, e logo depois, quando fiz um gol contra o Flamengo. Esses jogos foram muito marcantes nesta campanha de 1997, porque mostraram que a gente tinha um grande potencial na competição.
O Globo Online