CBVD divulga nota em repúdio ao término do paradesporto no Vasco
A Confederação Brasileira de Voleibol para Deficientes repudiou a decisão do Vasco em encerrar as atividades paralímpicas.
NOTA DE REPÚDIO a decisão do Club de Regatas Vasco da Gama
A Confederação Brasileira de Voleibol para Deficientes (CBVD) vem a público REPUDIAR a decisão tomada pelo Club de Regatas Vasco da Gama que comunicou na última terça-feira, 13, extinção do Departamento de Esporte Paralímpico, que funcionava desde 2004, encerrando diversas modalidade praticadas dentro do clube. Ao passo em que também presta a sua solidariedade a todos que foram afetados por esta ação. Serão várias equipes desfeitas e funcionários que ficaram desempregados dentro de um cenário de incertezas devido a pandemia do covid-19.
O vôlei sentado será uma das equipes prejudicadas com esta decisão, o time do Vasco vem se destacando dentro da modalidade no Brasil e nos últimos dois anos ocupou o pódio do Campeonato Brasileiro de Vôlei Sentado – Série Ouro, principal competição no país, conquistando o segundo lugar em 2018 e a terceira colocação em 2019. É importante frisar que as entidades do desporto nacional não vêm dando a devida atenção ao paradesporto, apesar dos resultados alcançados nas últimas Paralimpíadas.
Ao que se percebe, não se faz muito esforço para manter nossos paratletas em atividade. O paradesporto tem sua importância social renegada pelo Vasco da Gama com essa atitude nefasta que além de corroborar para o enfraquecimento do paradesporto, ainda leva centenas de pessoas ao desemprego, demonstrando sua pouca, ou nenhuma atenção, com seus atletas e funcionários.
Enquanto o esporte olímpico será mantido sem nenhum corte, a medida mostra-se discriminatória e desnecessárias devido ao valor bruto da folha salarial dos colaboradores dos esportes paralímpicos. O Club de Regatas Vasco da Gama é uma equipe que sempre esteve à frente de diversos movimentos, sendo pioneiro na inclusão de atletas negros e deficientes, porém, nesse momento demonstra um retrocesso abominável.
A CBVD lamenta a medida tomada e solicita que seja repensada, restaurando o esporte paralímpico ao quadro esportivo do tão respeitado clube.
Quanto aos atletas e comissões técnicas, traduzimos nossa solidariedade e esperamos encontrar juntos uma solução para a manutenção de tão importante quadro de atletas e profissionais vinculados ao paradesporto.
Ângelo Alves Neto
Presidente da Confederação Brasileira de Voleibol para Deficientes
CBVD