Vasco simula volta aos treinos com cabine de desinfecção para São Januário
O Vasco da Gama divulgou o protocolo para a volta aos treinos na pandemia, com cabine de desinfecção para São Januário.
O Vasco simulou, nesta sexta-feira, o passo a passo do protocolo médico a ser seguido por jogadores, membros da comissão técnica e funcionários na retomada dos treinos. Após concluir a mudança de equipamentos e mobiliário do CT do Almirante para São Januário, o clube se preparou enquanto aguarda a liberação da volta do futebol por parte das autoridades governamentais e sanitárias. Tanto que prevê o até o uso de uma cabine de desinfecção para diminuir o risco de contágio pelo novo coronavírus.
Marcos Teixeira, diretor médico do Vasco, foi um dos médicos que participou da discussão e elaborou as medidas definidas pela Ferj, que serviram de base para o material apresentado pela CBF ao governo federal – o trabalho contou com outros clubes e federações. A ideia foi testar as ideias na prática para evitar problemas.
– Fazer isso para 35 atletas, mesmo que divididos em grupos menores, exige uma logística complexa. Simulamos passo a passo desde quando o jogador chega e vai embora. Cuidamos de detalhes como a sinalização de passagem e de onde ficaria o álcool em gel e os panos para limpar os utensílios usados – contou Marcos Teixeira.
A simulação desta sexta só foi possível após a mudança para São Januário ser concluída. Nos últimos dias, o estádio recebeu dois caminhões com mobiliário e equipamentos médicos, de fisioterapia e musculação, estes adquiridos nos últimos dois anos da gestão Alexandre Campello. Enquanto a obra do novo CT não é inaugurada, o Vasco estima economizar R$ 500 mil em aluguel ao deixar de usar o espaço de Vargem Pequena.
– Em cada treino e jogo, jogadores e funcionários trocam abraços e aperto de mãos. É algo cultural. O protocolo visa minimizar os riscos e, por isso, aguardamos autorização das autoridades para fazer o treino – concluiu Marcos Teixeira.
Veja como será o passo a passo no Vasco
Triagem: jogador, membro da comissão técnica e funcionário chegam ao estádio, em horário separado por grupos, em seus veículos e já vestidos para o treino. Antes de descer, respondem a questionário sobre eventuais sintomas e estado de saúde, inclusive de quem mora com ele. Têm a temperatura medida por termômetro infravermelho, o que evita o contato. Recebe kit individual para hidratação e suplementação.
Estacionamento e cabine: estaciona o veículo em área pré-determinada para evitar aglomeração. Ao descer, passa pela cabine de desinfecção. Ela é nos mesmos moldes das instaladas pela Prefeitura pelo Rio.
Treino: vai até o campo em área sinalizada e isolada, evitando o contato e sem passar pelo vestiário. O treino é individual e separado por grupos em espaço que prevê distância dos demais companheiros. No Vasco, o campo será dividido em cinco quadrantes, por exemplo. Como as refeições não estão liberadas, ao término do trabalho, retorna ao seu veículo.
Volta para casa: novamente sem passar pelo vestiário, vai até o seu veículo e se dirige para casa. Cada atleta já recebeu quantidade de uniformes para os treinos. Eles terão de ser lavados em casa.
Globo Esporte