Campello fala sobre salários atrasados e não crê em rescisões de contrato
Campello não acredita que os jogadores do Vasco entrem na Justiça pedindo a rescisão, por causa dos salários atrasados.
Desde o último dia 20 de abril, o Vasco da Gama deve três meses de salários aos seu jogadores. Isso dá condição aos atletas de requerer o rompimento de seus contratos. Presidente do Vasco, Alexandre Campello não acredita que atletas entrem na Justiça por liberação do compromisso com o clube.
Em entrevista à Vasco TV na noite desta quarta-feira, o dirigente admitiu as dificuldades do clube. Campello aposta na parceria construída com o elenco ao longo dos últimos anos, além da compreensão com a questão dos efeitos da pandemia sobre as finanças do Vasco.
“Até o momento que houve a paralisação, o Vasco devia dois salários. É sabido que a partir do terceiro mês de atraso, o atleta pode ingressar na Justiça pedindo a rescisão do contrato”, disse Campello.
“Eu não acredito até pela parceria e pela forma como os jogadores se comportaram ao longo dos anos de 2018 e 2019, sempre entendo o esforço da direção e sempre sendo parceiros do clube. Eles abraçaram o clube, passaram por momentos difíceis sempre se mostrando parceiros. Eu não acredito que num momento como esse, de grande dificuldade por que passa o mundo inteiro, alguém ingresse na Justiça com esse pedido. Não tive informação de nenhum atleta que estivesse pensando em fazer esse movimento”, completou.
Impacto da pandemia
Alexandre Campello ressaltou o forte impacto da paralisação na já precária situação das finanças do Vasco.
“Obviamente com essa pandemia o Vasco não pôde honrar com seus compromissos. Se já tinha a dificuldade antes da pandemia, essas dificuldades obviamente aumentaram e muito. A gente estima que esse impacto seja de pelo menos R$ 40 milhões. Mas nesse momento não há como precisar o tamanho do problema, até porque a gente não sabe quando as atividades vão voltar, quando os campeonatos vão retornar. Hoje ainda não dá para medir isso, mas estimo que não deva ser menor do que R$ 40 milhões o impacto dessa pandemia”.
O clube, entretanto, não está parado. O mandatário vascaíno garantiu que a diretoria está fazendo o possível para enfrentar a situação.
“Nós estamos trabalhando bastante no sentido de tentar solucionar essa questão financeira. Estamos tentando negociar direitos de transmissões, tentando suspender pagamentos. O trabalho tem sido exaustivo, e a gente espera que gere frutos o mais rapidamente possível”, concluiu Campello.
Gazeta Esportiva