Léo Cupertino se diz pronto para trabalhar e aposta em entrosamento
O preparador físico do Vasco, Léo Cupertino, se diz pronto para o trabalho e aposta em entrosamento com Ramon Menezes.
Ramon Menezes foi escolhido para treinar o Vasco pelo conhecimento que tem. Do futebol, pela vivência dentro das quatro linhas e em função de todos os tratarem como um estudioso. E também por saber quem é quem entre atletas, integrantes da comissão técnica e dirigentes do clube.
Outro componente que reforça o entrosamento do novo treinador cruz-maltino com o staff que o cerca é Léo Cupertino, preparador físico anunciado pelo Vasco no último dia 8. Ramon e Léo jogaram juntos na base do Cruzeiro, entre 1987 e 1990.
– Falar do Ramon sempre foi muito fácil. Sempre foi um cara muito inteligente, muito brincalhão, muito estudioso. Acredito que esse nosso entrosamento, que foi muito bom dentro de campo, será melhor fora dele – afirmou Cupertino, ex-lateral-esquerdo.
Léo aposta que o fato de Ramon conhecer bem todos os setores do clube permitirá a ele e a todos os novos integrantes da comissão técnica a execução de um trabalho bem-sucedido.
– O conhecimento que o Ramon tem do clube com certeza é primordial. De atletas, comissão técnica, todo o staff e departamentos. A gente costuma dizer que a falta de comunicação pode ser um dos principais calcanhares de Aquiles, mas havendo integração, e acredito que o Ramon fará isso por todo o conhecimento que tem do clube, vai facilitar demais o nosso trabalho.
Confira outros tópicos do papo com Cupertino:
Como você vê essa mescla de jovens, como você, Ramon, Thiago Kosloski e Lopes Júnior, com Antônio Lopes e José Luis Moreira?
Acredito que essa mescla entre pessoas mais experientes com quem é mais novo – porém com bastante rodagem também – vá ajudar muito o Vasco. A gente tem se reunido diariamente, e o mais importante é que haja a administração das ideias e o entendimento entre essas pessoas. Que isso fortaleça diariamente os nossos trabalhos e que a gente possa ajudar o Vasco.
Já bateu papo com atletas que trabalharam com você, como o Fernando Miguel, no Vitória, e o Jordi, no CSA?
Ainda não tive o prazer de falar nem com o Fernando e nem com o Jordi. São dois grandes goleiros. Ainda não bati papo com o Germano, temos feitos mais reuniões pensando na programação física. Tivemos uma reunião dias atrás de apresentação e foi muito bacana. Acredito que estamos bem servidos de goleiros.
Pelo que você conhece do Ramon, a preparação que você vai montar será focada num time mais veloz ou com maior resistência?
Sobre a preparação dos atletas, o Ramon conhece muito bem o clube, desde os atletas que vinham treinado separadamente aos que estavam jogando. Isso vai facilitar muito, ele tem me passado o perfil dos atletas.
Vamos ter que seguir os protocolos, e isso vai individualizar ao máximo os treinos. Acredito que exista o equilíbrio de força e técnica, com um time compacto para ter uma transição ofensiva rápida e sabendo também se defender buscando a transição defensiva.
Você já passou por grandes clubes, mas creio que dentro do futebol profissional o Vasco é seu maior desafio. Como o encara?
O Vasco, como um dos gigantes do futebol brasileiro, é um desafio para qualquer profissional. Eu me encontro preparado e feliz por essa oportunidade.
Dentro do Vasco, você é quem conhece o Ramon há mais tempo. Como é voltar a trabalhar com o seu amigo depois de 30 anos: acha que o entrosamento estará em dia?
Falar do Ramon sempre foi muito fácil. Sempre foi um cara muito inteligente, muito brincalhão, muito estudioso. Acredito que esse nosso entrosamento, que foi muito bom dentro de campo, será melhor fora dele.
Conte uns podres dele na base do Cruzeiro… Ele tinha algum apelido ou alguma coisa que você lembre legal?
Tem que tomar cuidado para não queimar o chefe (risos). Eu lembro que a gente era do juvenil do Cruzeiro. Como bom cobrador de faltas que ele sempre foi, aquelas faltas na beiradinha da área sempre ficavam com ele. Disputávamos um jogo difícil pelo Campeonato Mineiro e tivemos uma falta boa para canhotos. E eu, como canhoto, pedi para bater.
Ele falou: “Rapaz, se você errar essa falta, o treinador vai te matar, hein?”. Eu peguei a bola da mão dele, e ele ficou atrás de mim: “Vai errar, vai errar, vai errar”.
Bati a falta tão mal que na hora em que a bola foi na mão do goleiro já virei a cara, e ele começou a rir de mim. Daqui a pouco, eu estou olhando para trás, e ele tá correndo para me abraçar porque a bola tinha batido na mão do goleiro e entrou. Ele falou: “Léo, você é muito cagão, escapou de uma dura que você ia tomar”.
Apelido tinham vários, mas ele tinha um cabelão. A gente colocou apelido nele de cabeça de repolho. “Toca a bola pro repolho, segura a bola aí, repolho”.
Como vocês da comissão técnica do Vasco estão planejando a preparação do elenco diante da possibilidade de um calendário bem apertado?
Temos reuniões diárias. Esse planejamento vai ser muito modificado. Mas temos discutido, principalmente o pessoal dos departamento fisiológico e médico, primeiro temos que aguardar o calendário para que a gente possa receber os atletas e buscar a melhor performance dentro das competições que vai disputar.
Globo Esporte