Entrevista coletiva de Abel Braga após o jogo contra o ABC-RN

Abel Braga analisou o desempenho do Vasco da Gama contra o ABC-RN e afirmou que o Gigante mereceu resultado melhor.

O Vasco venceu o ABC por 1 a 0, no Maracanã, na noite desta quinta-feira, em partida válida pela segunda fase da Copa do Brasil. Após o jogo, o técnico Abel Braga falou com a imprensa. O comandante valorizou a entrega da equipe e comparou a atuação com a do empate contra o Resende, no último fim de semana.

– Merecia um resultado melhor, jogamos mais do que contra o Resende. Hoje, alguns jogadores sentiram. Por causa da chuva, o nosso campo no CT tinha muita lama. Então, teve isso. O Guarín sentiu dor no adutor, mas não preocupa. Saiu ainda com um dedo quebrado. O time lutou. No final, passou um sufoco. Como ocorreu lá na Bolívia. Mas isso porque não definiu o jogo, não fez as chances de gol.

O treinador também fez uma avaliação sobre o momento da equipe na temporada. Ele projetou a sequência de partidas que o time enfrentará.

– Li que o Vasco não vencia há três jogos. Agora vai ter de inverter: há seis que não perde. Bruno entrou bem, assim como Juninho. Vinicius tem muita personalidade, pega a bola e vai para dentro. Mas tem momentos que tem de tocar, até para respirar. Vamos assim, vamos seguir. Agora vem uma sequência horrível: domingo, quinta. Vamos tentar fazer o melhor. Treinar impossível. Estou rezando para que não chova.

Abel Braga durante entrevista no Maracanã

Outros temas abordados na coletiva:

Sobre o jogo

– Nós não definimos. Se tivéssemos feito as oportunidades que tivemos, teríamos jogado o resto da partida com mais tranquilidade. O ABC não tinha mais responsabilidade. Atacavam com cinco. Então, a gente perdia a bola e esses cinco estavam lá esperando. Na minha visão, faltou isso: converter as chances de gol.

Vinícius

– Saiu por cansaço. Mais maduro, mais consciente, mais coletivo. E sem perder a característica dele, que é o 1 para 1. Tem de ser assim. Fiquei contente, é mais uma aposta.

Vaias ao fim do jogo

– O momento de dificuldade financeira não afeta. Inclusive, ontem, até porque os jogadores não falam, eu dei entrevista. Achei que deveria. Se fosse, a bola pegava fogo nos pés dos jogadores. Precisamos é melhorar a finalização. O Leomir e o Ramon treinam isso diariamente.

– Torcedor é soberano. Eu estou feliz pois tento dar o meu máximo ao clube. Hoje tivemos duas homenagens legais, uma ao Castan pelos 400 jogos e demos uma camisa de 150 jogos ao Henrique. Ele voltou a ter uma grande atuação. Ele está mais maduro, soube conviver com o protesto. Hoje foi aplaudido. Torcedor só vaiou após o jogo. Então, é isso.

Sobre pó branco que jogou no banco

– Terço está comigo, sou católico. Tem de ter uma hóstia, mas… não era. Eu não sei o que é. Alguém me pediu para jogar no túnel, mas eu esqueci. Vi aqui e joguei no banco. Não fez mal a ninguém. Não custa nada.

Guarín

– Pelo dedo, não. O adutor ele sentiu pesado. Se estiver chovendo, vai ser difícil. Mas ele vai ter de dizer. Escalamos ele um pouco mais para frente, para não ter mais desgaste. Ele criou mais chances, até ele teve chances. Ele tem um negócio muito diferente. Na maneira que ele recebe a bola, já sabe o que vai fazer. Encontra qualquer companheiro no campo. É diferenciado. Vamos procurar aproximá-lo mais ainda dos atacantes.

Salários atrasados

– Acho que nada foi passado. Estava na minha sala. A gente sabe que o Vasco vai resolver. Temos de deixar isso de lado. Se isso incomodar, será uma derrocada muito grande. Esse grupo trabalha muito independentemente da situação.

Globo Esporte

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